Foi às margens do rio Ipiranga, em São Paulo, no dia 7 de setembro de 1822, que Dom Pedro I anunciou a independência brasileira.
No dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro I proclamou o grito de independência às margens do rio Ipiranga e o Brasil se consolidou como uma nação independente. Desde 1946, por lei federal, a data é um feriado nacional. O grito da independência entoado em São Paulo foi um longo processo iniciado em 1808, após a fuga da família real portuguesa para o Brasil por causa do Bloqueio Continental ordenado na Espanha e Portugal pelo rei da França, Napoleão Bonaparte, com o propósito de sufocar a economia inglesa que comercializava com outras nações europeias.
A permanência da família real no Brasil perdurou até 1821 e ficou conhecido como Período Joanino. Uma série de melhorias foram feitas no país, como a abertura dos portos, autorização para os comerciantes a negociarem com nações amigas, que eram só os ingleses, instalação de bibliotecas e museus para incentivar à cultura e o desenvolvimento de uma pequena imprensa, nisso acabou surgindo A Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal fundado no Brasil.
Ademais, o Brasil teve de indenizar em dois milhões de libras esterlinas Portugal, o que também teve ajuda da Inglaterra, segundo a historiadora. O Brasil estava com o tesouro zerado, era uma nação recém-formada, para conseguir pagar isso foi necessário contrair um empréstimo com os bancos da Inglaterra. A Independência do Brasil foi o processo histórico de separação entre o então Reino do Brasil e Portugal, que ocorreu no período de 1821 a 1825, colocando em violenta oposição as duas partes (pessoas a favor e contra).
Embora Dom Pedro fosse fiel ao pai, a vontade das cortes portuguesas em repatriá-lo e de retornar o Brasil ao seu antigo estatuto colonial o levou a rebelar-se. Oficialmente, a data comemorada para a independência do Brasil é de 7 de setembro de 1822, ocasião em que ocorreu o evento conhecido como o Grito do Ipiranga, às margens do riacho Ipiranga na cidade de São Paulo. Em 12 de outubro de 1822, o príncipe foi aclamado por D. Pedro I, Imperador do Brasil, sendo coroado e consagrado em 1º de dezembro de 1822, e o país passou a ser conhecido como o Império do Brasil.
O Processo
Durante a guerra de independência, iniciada com a expulsão dos exércitos portugueses de Pernambuco em 1821, formou-se o Exército Brasileiro, a partir da contratação de mercenários, alistamento de civis e de algumas tropas coloniais portuguesas. O exército imediatamente se opôs às forças portuguesas, que controlavam algumas partes da nação. Ao mesmo tempo que o conflito tomava lugar, ocorreu em Pernambuco um movimento revolucionário conhecido como a Confederação do Equador, que pretendia formar seu próprio governo, republicano, mas foi duramente reprimido.
Depois de três anos de conflito armado, Portugal finalmente reconheceu a independência do Brasil, e em 29 de agosto de 1825 foi assinado o Tratado de Amizade e Aliança firmado entre Brasil e Portugal. Em troca do reconhecimento como estado soberano, o Brasil se comprometeu a pagar ao Reino de Portugal uma indenização substancial e assinar um tratado de comércio com o Reino Unido como indenização por sua mediação.
A decretação do Bloqueio Continental em Berlim (1806) tornou mais difícil a neutralidade portuguesa. Em 1807, o Tratado de Fontainebleau dividiu arbitrariamente Portugal em três reinos. Desde outubro desse ano, Jean-Andoche Junot, antigo embaixador francês em Lisboa, preparava-se para invadir Portugal. Foi nesse contexto que D. João pactuou com a Grã-Bretanha a transferência do governo para o Rio de Janeiro, sob a proteção dos últimos.
Com a invasão francesa de Portugal em progresso, no dia 29 de novembro de 1807 iniciou-se a viagem da Família Real e da Corte Portuguesa. Dezoito navios de guerra portugueses e treze britânicos escoltaram mais de vinte e cinco navios mercantes de Lisboa até à costa do Brasil. A bordo seguiam mais de quinze mil portugueses. O Reino ficava a ser governado por uma Junta de Regência que Junot logo dissolveu.
Uma homenagem

Uma Carta Magna
Em junho de 1822, foi decretada a convocação para a formação de uma Assembleia Constituinte no Brasil, com a tarefa de elaborar uma Constituição para o Reino do Brasil, antes da independência política de Portugal. Ambas medidas reforçaram a visão de que D. Pedro possuía apoio interno suficiente para desafiar as Cortes portuguesas, isso foi consequência do impasse contínuo entre brasileiros e portugueses.
A postura das Cortes portuguesas permaneceu irredutível com os interesses brasileiros. No dia 28 de agosto, novas ordens de Lisboa chegaram ao país: D. Pedro I deveria retornar imediatamente a Portugal, os privilégios da abertura do país seriam revogados e os ministros de D. Pedro presos por traição.
A colônia vira metrópole e a metrópole vira colônia, entenda
Com a presença da Família Real Portuguesa no Brasil a partir de 1808, registrou-se o que alguns historiadores brasileiros denominam de inversão metropolitana, ou seja, o aparelho de Estado Português passou a operar a partir do Brasil, que desse modo deixou de ser uma colônia e assumiu efetivamente as funções de metrópole. Pressionado pelo triunfo da revolução constitucionalista, o soberano retornou com a família real para Portugal, deixando como príncipe regente no Brasil o seu primogênito, D. Pedro de Alcântara.
Artigo escrito pelo jornalista Harrison S. Silva, com informações de sítios especializados em História do Brasil