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35 anos de Constituição: chefes dos 3 Poderes ressaltam defesa da democracia durante sessão no Congresso

Foto: Reprodução

Participantes do evento também falaram sobre a necessidade de defesa da nossa Carta Magna.

Por Harrison S. Silva

A defesa da democracia e a necessidade de harmonia entre os Poderes marcaram a sessão solene do Congresso Nacional de homenagem aos 35 anos da Constituição, celebrados dia 5 de outubro. Doutro lado, muitos citaram os desafios de tornar realidade pontos como a redução das desigualdades sociais e o fim da extrema pobreza. Houve, também, menção aos ataques de 8 de janeiro e a decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) que provocaram polêmica no Congresso, como a inconstitucionalidade de um marco temporal para o reconhecimento de terras indígenas.

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), lembrou que a Carta Magna representou a volta das liberdades básicas, de uma institucionalidade baseada no equilíbrio entre os Poderes, além do estabelecimento de direitos. Por causa destes direitos, segundo Pacheco, a população vai sempre reagir quando a Constituição for atacada.

Senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal, presidente do Congresso Nacional, presidente do Poder Legislativo do Brasil | Foto: Reprodução
Senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal, presidente do Congresso Nacional, presidente do Poder Legislativo do Brasil | Foto: Reprodução

O povo brasileiro ama e defende sua Constituição. Argumenta com base nela. E não assiste indiferente quando atacam os valores da Carta Magna. Todos somos intérpretes da Constituição e estamos a serviço de seus mandamentos”, afirmou.

Outrossim, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, disse que não existem Poderes hegemônicos, mas parceiros. Segundo ele, a Constituição trouxe 35 anos de estabilidade institucional, o que seria um feito em uma história republicana marcada por golpes e tentativas de golpes. E citou como desafios a pobreza, a desigualdade e a violência urbana.

Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, presidente do Poder Judiciário do Brasil | Foto: Reprodução
Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, presidente do Poder Judiciário do Brasil | Foto: Reprodução

Penso que temos andado na direção certa, ainda quando não na velocidade desejada. O futuro atrasou um pouco, mas ainda está no horizonte”, declarou.

Deputado constituinte de 1988, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, lembrou o clima da Assembleia Nacional Constituinte. Ele afirmou que as galerias e corredores estavam sempre lotados. “‘Vamos votar!‘ Estas palavras proferidas pelo saudoso doutor Ulysses Guimarães ainda ecoam nesta Casa. Guardam a memória da urgência daquele momento e da grandeza do trabalho que aqui era então realizado”, lembrou.

Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente do Brasil e o chefe do Poder Executivo em exercício àquele momento | Foto: Reprodução
Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente do Brasil e o chefe do Poder Executivo em exercício àquele momento | Foto: Reprodução

Vários presentes ressaltaram o direito à saúde universal e gratuita, o que teria se comprovado um acerto, principalmente na pandemia de Covid-19. Em relação às 129 emendas constitucionais promulgadas até hoje, o presidente Rodrigo Pacheco afirmou que elas não representam uma falha, mas uma flexibilidade importante da Constituição para se adaptar às mudanças sociais.

Também estava presente na sessão o 1º vice-presidente da Assembleia de 88, ex-deputado Mauro Benevides. E o presidente dos Correios, Fabiano dos Santos, lançou um selo comemorativo dos 35 anos da Constituição Federal.

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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