Ora, a data de 8 de março é marcada como Dia Internacional da Mulher muitas vezes para relembrar as lutas por igualdade de gêneros. Contudo, apesar de ser associada apenas à força feminina e a protestos contra a desigualdade entre homens e mulheres, o dia tem uma origem bem diferente do que é pensado. Muitas pessoas consideram o 8 de Março apenas como uma data de homenagens às mulheres, mas, diferentemente doutros dias comemorativos, ela não foi criada pelo comércio e tem raízes históricas mais profundas.

Hoje, a data é cada vez mais lembrada como um dia para a reivindicação de igualdade de gênero e manifestações ao redor do mundo aproximando-a da sua origem na luta de mulheres que trabalhavam em fábricas nos Estados Unidos da América (EUA) e nalguns países da Europa. A data 8 de março foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975; contudo o chamado Dia Internacional das Mulheres é comemorado desde o início do século 20.
No Parlamento do Brasil
O Portal Política, no Congresso Nacional, entrevistou deputadas e senadoras sobre esse dia dedicado a elas. Confira, a seguir, os vídeos no nosso canal no YouTube dalgumas parlamentares .

Ademais, colhemos depoimentos doutros parlamentares; acompanhe:
- Senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), a luta pelos direitos da mulher será permanente e ressaltou a necessidade de assegurar igualdade na representação entre homens e mulheres nos espaços públicos do país. Em discurso na cerimônia de entrega do Diploma Bertha Lutz, nesta quarta-feira, dia 6, no plenário do Senado, a congressista falou: “Nossa luta hoje não está mais centrada somente na garantia dos direitos básicos para todas as mulheres – quase todos já estão inscritos na norma constitucional -, mas em assegurar que os espaços públicos tenham a representação igualitária de homens e mulheres, nos seus postos de destaque.”
- Para a deputada federal Gisela Simona (União-MT) a divulgação de informações é uma ferramenta imprescindível e certamente fará uma grande diferença para milhões de mulheres. A parlamentar foi relatora do projeto aprovado em sessão plenária na Câmara que prevê a destinação de 1 minuto na “Voz do Brasil” para divulgação de canais de atendimento a mulheres vítimas de violência.
- O deputado federal Luiz Carlos Motta (PL-SP), em artigo, chama a atenção do leitor(a), para destacar a importância doutro projeto que contou com todo o seu apoio. Trata-se do Programa “Antes que aconteça”, lançado na Comissão Mista do Orçamento (CMO) pela sua presidente, a senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), líder da bancada feminina no Senado. O Programa promete direcionar R$ 315 milhões para fortalecer o combate à violência contra a mulher. O objetivo é garantir o fortalecimento da rede de apoio às mulheres em situação de violência doméstica, com olhar especial para a prevenção. Você pode conferir o artigo completo aqui.
- O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) destaca que muitas mulheres vivem com o agressor por ter medo de não conseguir meios para sobreviver sozinhas. Dessarte, cria projeto que dá prioridade no Bolsa Família para mulher vítima de violência doméstica. “Existem levantamentos que apresentam números alarmantes, com 3 a cada 10 brasileiras enfrentando violência doméstica. E muitas delas ainda vivem com o agressor por medo de não conseguir sobreviver sozinha, e isso gera outra violência. Então vejo esse projeto como algo positivo”, avaliou o parlamentar.
- O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) protocolou projeto para aumentar pensão de filhos de pais ausentes. No contexto brasileiro, essa realidade afeta principalmente as mulheres. “Garantir uma pensão justa é reconhecer o valor e os sacrifícios do cuidado materno. Não se trata apenas de prover sustento, mas também de reconhecer o impacto emocional e financeiro da maternidade na carreira e na saúde da mulher”, afirma o parlamentar.
- Já Sergio Moro (União-Brasil) determina que haja um Formulário Nacional de Avaliação de Risco seja aplicado por profissional capacitado da instituição que realizar o primeiro atendimento à mulher vítima de violência. O preenchimento será obrigatório por órgãos ou entidades de primeiro atendimento e vai dimensionar o grau de perigo da vítima para poder direcioná-la ao atendimento mais adequado.
Sobre o FAM
O Fórum América Mulheres (FAM) foi criado como desdobramento da Lei Federal 13.272, em 2016, ano do empoderamento da mulher na política e no esporte para dar continuidade às ações não concluídas, ainda em 2024, por distorções políticas ideológicas, que trazem dubiedade de entendimento junto a sociedade brasileira entre “identidade de gênero e igualdade de gênero”. Em 2014, a ONU lançou a Campanha HeForShe (ElesPorElas) para tratar da igualdade de gênero, que é entre mulheres e homens, meninas e meninos biológicos.

Assim, como define a atriz Emma Watson: “A igualdade de gênero também é um problema seu”, em discurso como embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres, num evento especial no lançamento da campanha HeForShe, sede das Nações Unidas, Nova York, 20 de setembro de 2014. Confira o RELATÓRIO OFICIAL FORUM AMÉRICA MULHERES (FAM) aqui.

“Estou entrando em contato com você porque preciso da sua ajuda. Queremos acabar com a desigualdade de gênero – e para isso precisamos do envolvimento de todos. Esta é a primeira campanha deste gênero na ONU: queremos tentar galvanizar o maior número possível de homens e rapazes para serem defensores da igualdade de gênero. E não queremos apenas falar sobre isso, mas garantir que seja tangível. Fui nomeada há seis meses e quanto mais falo sobre o feminismo, mais me apercebo de que lutar pelos direitos das mulheres se tornou muitas vezes sinônimo de ódio aos homens. Se há uma coisa que tenho certeza é que isso tem que parar. Acrescentou a atriz global.
Para que se conste, o feminismo por definição é: “A crença de que homens e mulheres devem ter direitos e oportunidades iguais. É a teoria da igualdade política, econômica e social dos sexos.” Em 20 de setembro de 2024, serão os 10 anos do Movimento ElesPorElas.
Por Harrison S. Silva, jornalista




