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Arthur Lira Defende o Centrão e Discute Mudanças no Governo Lula

Foto: Reprodução

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), fez uma defesa contundente do papel do Centrão na política brasileira. Em entrevista à rádio Mix FM de Maceió, na segunda-feira (7 de agosto de 2023), Lira afirmou que, sem o Centrão, o Brasil “seria uma Argentina”.

“Muitos falavam que Lira é sustentáculo do governo Bolsonaro, mas nunca prezei por isso. É importante dizer que, se o Brasil não tivesse Centrão, seria uma Argentina”, disse Lira.

Reforma Ministerial à Vista

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja uma reforma ministerial para incluir os partidos do Centrão à base do governo. A reestruturação está prevista para ocorrer após uma viagem a Belém, e deve contemplar o Republicanos e o PP de Lira.

Ministérios na Mira

A ala política almeja o Ministério da Saúde, atualmente sob a liderança da socióloga Nísia Trindade. O presidente Lula já afirmou que fará mudanças na pasta. No Turismo, o governo cedeu e substituiu Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) por Celso Sabino (União Brasil-PA). Os ministérios do Esporte e Desenvolvimento Social e a Caixa também estão em discussão.

Conduzindo com Diálogo

Durante a entrevista, Lira enfatizou sua tentativa de conduzir as decisões da Câmara com bastante diálogo, embora admita ser “difícil porque temos um governo presidencialista com uma constituição parlamentarista”. Ele observou que uma das principais barreiras do governo é a base enxuta, com apenas 130 parlamentares quando eleito.

Desafios no Balanceamento

Lira também criticou a distribuição atual dos ministérios entre a Câmara e o Senado, destacando um desequilíbrio que precisa ser corrigido. “Tem partido com 15, 30 deputados com 3 ministérios; tem partido com 50 que não tem nenhum. Se o critério do governo é de acomodação de partidos na Esplanada, está desequilibrado”, afirmou.

As declarações de Lira abrem uma janela para o complexo jogo de negociações políticas em Brasília. Com a iminente reforma ministerial, o papel do Centrão e a articulação entre as diferentes alas do governo serão cruciais para definir o curso do governo Lula. A interação entre a Câmara e o Senado, o equilíbrio de poder entre os partidos e a dinâmica do sistema presidencialista com uma constituição parlamentarista continuarão a ser temas-chave nos próximos meses.

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