Itaú demonstra preocupação com indicadores econômicos. O Banco é tradicionalmente consolidado na sua relação com a dinâmica da sociedade.
Economia e política andam juntas. Têm por objeto de análise todo o processo econômico ou, noutros termos, o processo de geração de riqueza através da situação no poder (aqui referência à oposição). Tal implica a produção, a distribuição e o consumo de bens, assim como as formas de organização social e política, de modo que há sempre um interesse diretamente dos estadistas e governantes.
Vejamos na prática política
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou as medidas para reduzir ou até mesmo zerar o déficit nas contas públicas em 2023. O governo Lula mostrou, nesta quinta-feira (12), que responsabilidade social e responsabilidade fiscal podem caminhar juntas. A responsabilidade social foi garantida em dezembro, antes mesmo da posse de Lula, com a aprovação da PEC do Bolsa Família, que garantiu recursos sem os quais a população brasileira ficaria completamente abandonada.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Outrossim, apresentadas pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão), as ações sociais são compostas de medidas provisórias, decretos e portarias assinadas pelo presidente Lula. Juntas, elas podem aumentar em192,7 bilhões de reais valor arrecadado pelo governo neste ano e reduzir até 50 bilhões de reais em despesas, o que significa um aumento de 242,7 bilhões de reais nas contas públicas.
Agora na prática econômica
O banco Itaú alertou para os impactos políticos e econômicos do Brasil sob o governo Lula em carta mensal aos cotistas. No documento, o Itaú afirma que as primeiras ações do governo, antes mesmo da posse, foram na direção contrária ao ajuste fiscal, com aprovação da PEC, com um custo estimado de 145 bilhões de reais, e a prorrogação das desonerações sobre combustíveis, que custam 50 bilhões de reais ao ano.

Agência do banco Itaú, em Londrina – PR
A instituição financeira se queixou, no mês passado, a respeito dos dados econômicos ficarem em segundo plano para Lula, ofuscados pelo noticiário político, em especial ao relacionado à formação do novo governo e indicações. “Soma-se a isso outras indicações negativas de política econômica […], todas já testadas no passado. O resultado foi, e deve voltar a ser: baixo crescimento, inflação alta, juro elevado e aumento do endividamento público”. Lembrou o banco Itaú na sua análise.
Harrison S. Silva, colunista do Portal Política