O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai voltar a financiar as relações comerciais do Brasil e vai voltar a financiar projetos de engenharia, além de ajudar os países vizinhos a crescerem e venderem o resultado desse enriquecimento para países como o Brasil. O anúncio do petista ocorreu durante encontro com o presidente argentino, Alberto Fernández. O objetivo, segundo ele, é também ajudar empresas brasileiras no exterior e outros países vizinhos.
Lula e Fernández
Ao desfecho
Fernández chegou a dizer que o seu país tem inveja do banco público brasileiro. A Argentina tem interesse no dinheiro da instituição para financiar a exportação de gás de xisto de Vaca Muerta para o Brasil. “Eu não sei o que acontece no Brasil, mas aqui na Argentina nós só temos inveja do BNDES. É uma ferramenta de crescimento sensacional que soube ser aproveitada durante longos anos.” Declarou Alberto Fernández, o presidente da Argentina. Em dezembro, antes do fim do governo Bolsonaro. Autoridades argentinas chegaram a anunciar que o BNDES financiaria até US$ 689 milhões (cerca de R$ 3,5 bilhões, em cotação atual) para o projeto.
O BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é uma empresa pública federal com sede no Rio de Janeiro, cujo principal objetivo é o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira. É uma entidade que compõe a administração pública indireta e é vinculada ao Ministério da Fazenda, em busca de apoiar empreendedores de todos os portes, inclusive, pessoas físicas, na realização dos seus planos de modernização, expansão e concretização de novos negócios.
Por que na Argentina?
Primeiro uma moeda única para as duas maiores economias sul-americanas (sur), agora esse anúncio do BNDES em ajudar os vizinhos; ambas ocorreram em Buenos Aires e em dias seguidos. Será se o Brasil, pelo fato da Argentina ter ganhado o Mundial de 2022, tem esperança na emergência do “Los Hermanos”? Ora, muitas pessoas ao saber da notícia entenderam que Brasil e Argentina poderiam criar algo como o euro; contudo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não é bem assim, pois ela serviria apenas para facilitar transações comerciais sem a necessidade de recorrer ao dólar. Sabemos que o peso argentino, além de ser menos valorizado que o real brasileiro, sofre maiores inflações no mercado: 92% ao ano contra os arredores dos 6% ao ano do real. Portanto, em verdade, a proposta em estudo entre Brasil e Argentina mais parece uma moeda virtual, que não substituiria as moedas nacionais. É… ainda não há esperança para a Argentina, mesmo tendo conquistado a terceira estrelinha na Copa do Mundo.
De Brasília, Harrison S. Silva
