O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu uma entrevista à revista Crusoé na qual nega ter sido alvo de tentativas de convencimento para dar um golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele também comentou sobre a impossibilidade de nomear o ex-delegado da Polícia Federal (PF) Alexandre Ramagem para a diretoria da corporação, além de abordar o tenente-coronel e seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e sua relação com o coronel do Exército Jean Lawand Junior, acusado de trocar mensagens sugerindo um “golpe de Estado” para impedir a posse de Lula.
Negação de tentativas de golpe de Estado
Bolsonaro afirma categoricamente que ninguém tentou convencê-lo a dar um golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele reconhece que o pensamento sobre essa possibilidade pode ocorrer a todos, mas destaca que não houve tentativas de convencimento por parte de terceiros. O ex-presidente também enfatiza que dar um golpe é uma ação fácil, mas as consequências seriam desastrosas para o país no dia seguinte, especialmente no que diz respeito às relações internacionais.
Frustração com a nomeação de Alexandre Ramagem para a PF
Bolsonaro revela que ficou revoltado quando não conseguiu nomear Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro, para a diretoria da PF em 2020. Ele menciona sua tentativa de contornar a situação sem medidas drásticas, mas a nomeação foi suspensa pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Vale lembrar que Ramagem havia deixado o cargo de diretor-geral da Abin para concorrer ao cargo de deputado federal pelo Rio de Janeiro.
Relação com Mauro Cid e Jean Lawand Junior
Sobre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, Bolsonaro o descreve como uma pessoa sem maldade. Ele comenta que o telefone público de Cid era utilizado para questões de agenda e ministros, e que, se houvesse má intenção, ele teria apagado mensagens, o que não ocorreu.
Em relação ao coronel do Exército Jean Lawand Junior, acusado de trocar mensagens com Mauro Cid sugerindo um golpe para impedir a posse de Lula, Bolsonaro nega ter tido contato com ele. Ele enfatiza que Mauro Cid passou a ter liberdade de falar o que quisesse e que é comum falar algo de forma inadvertida, mas nega qualquer tratativa de golpe por WhatsApp.
Conclusão
Na entrevista à revista Crusoé, Jair Bolsonaro negou veementemente ter sido alvo de tentativas de convencimento para dar um golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele também expressou sua frustração com a impossibilidade de nomear Alexandre Ramagem para a diretoria da PF. Em relação a Mauro Cid e Jean Lawand Junior, Bolsonaro negou ter tido contato com o coronel e destacou que o ex-ajudante de ordens ganhou liberdade para falar o que quisesse. O cenário político permanece em constante movimentação, e os desdobramentos desses acontecimentos serão acompanhados de perto pela opinião pública e pelos meios de comunicação.