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Brasil está mais próximo de ingressar na organização europeia para pesquisa nuclear

Foto: Reprodução

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado aprovou nesta quinta-feira, dia 23, o acordo para o ingresso do Brasil na Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), assinado pelo então ministro de Ciência e Tecnologia e hoje senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), em 3 de março de 2022. O senador conta que o Brasil recebeu a proposta de acordo em 2010.

Senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) | Foto: Reprodução
Senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) | Foto: Reprodução

Quando assumi o ministério e tomei conhecimento fui a Genebra, onde fica a sede da CERN. Manifestei o interesse do nosso país participar e consegui assinar o acordo antes de deixar o governo do presidente Bolsonaro para concorrer a uma vaga no Senado Federal.” Declarou o senador paulista. A CERN tem um dos maiores laboratórios de pesquisa em física de altas energias e física de partículas do mundo. Segundo o Astronauta Marcos Pontes, com o acordo, o Brasil ganha muito. Não só pela pesquisa científica e oportunidade de desenvolvimento de conhecimento, mas também pela possibilidade de trazer para o país tecnologias como a de supercondutores, usando Nióbio.

O senador lembra que o Brasil tem a maior tecnologia de nióbio do planeta. Isso vai melhorar muito nosso desenvolvimento em áreas como a energia renovável. “O Brasil tem capacidade para crescer muito. O nosso Sirius, acelerador de partículas que fica em Campinas, é de geração 4, só existem três iguais no mundo. A indústria brasileira desenvolveu 83% do Sirius. Pra quem tem dúvidas sobre a capacidade do Brasil de participar e vender equipamentos para o CERN tá aí a resposta”. Acrescentou.

O senador explica que há ainda uma vantagem financeira para o país. “O valor que vamos pagar anualmente terá uma contrapartida da CERN, que deverá comprar equipamentos e serviços da indústria brasileira. Será, na verdade um valor injetado dentro da nossa indústria”, detalhou. O Astronauta Marcos Pontes espera que pesquisadores e empresas nacionais atuem fortemente no desenvolvimento de tecnologias voltadas para a indústria aeroespacial, isótopos de saúde e a chamada indústria 4.0.

O acelerador de partículas

A CERN foi criada numa reunião intergovernamental da Unesco, em Paris, em dezembro de 1951, quando foi adotada a primeira resolução relativa à criação dum Conselho Europeu para a Investigação Nuclear. Localizado na fronteira entre França e Suíça, próximo a cidade de Genebra, o laboratório da CERN foi fundado em 1954 e conta com o maior acelerador de partículas do mundo: o Grande Colisor de Hádrons, LHC, na sigla em inglês, usado para estudar as bases constituintes da matéria (as partículas fundamentais).

 

Fonte: Gabinete do Senador Astronauta Marcos Pontes

E-mail: daniel.marques@senado.leg.br

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