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Caixa Econômica Federal Censura Informações Sobre Uso Político do Extinto Auxílio Brasil

Foto: Reprodução

Em uma tentativa polêmica de ganhar votos durante as eleições, o ex-presidente Bolsonaro liberou crédito consignado para os beneficiários do extinto Auxílio Brasil em setembro do ano passado. O valor descontado direto do benefício chegava a R$ 160 de um total mensal de R$ 600. Esta medida foi suspensa logo após a derrota de Bolsonaro nas urnas.

Riscos e Prejuízos

Segundo informações obtidas pelo Uol, a Caixa tentou esconder alertas sobre os riscos e o prejuízo da liberação do consignado. Dentre os trechos censurados em documentos enviados à Controladoria-Geral da União (CGU), estão evidências de “risco imprevisível às instituições financeiras” e uma “perda relevante” para a Caixa já em novembro.

Suspensão Ordenada pelo TCU

A controvérsia e a natureza considerada predatória da medida levaram o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP-TCU) a pedir que a corte suspendesse a linha de crédito. A suspensão foi ordenada pelo TCU no final de outubro, mas o governo federal só cumpriu a determinação no início de novembro.

Censura e Transparência

Em julho, a CGU ordenou à Caixa o envio de comunicações sobre a liberação do consignado. A resposta veio na semana passada com um documento parcialmente censurado, com algumas páginas completamente sob tarja preta. Apesar da censura, o Uol afirma ter acessado os documentos originais.

Repercussão

A atitude da Caixa levanta questões sobre transparência e responsabilidade. Parte da atual gestão já estava no banco no ano passado e tem responsabilidade na abertura daquela linha de crédito. Nenhum outro banco, nem mesmo o Banco do Brasil, aderiu à política de consignado para o Auxílio Brasil, destacando o caráter controverso da decisão.

A liberação do crédito consignado, seguida pela censura de informações, expõe uma série de dilemas éticos e operacionais envolvidos na gestão do Auxílio Brasil. Com a descoberta das informações ocultadas, o debate sobre transparência, uso político de benefícios e a responsabilidade das instituições financeiras está novamente em destaque no cenário nacional.

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