Com o intuito de incentivar o esporte, a deputada Sâmia Bomfim defende a inclusão das mulheres no futebol.
Tramita na Câmara dos Deputados do Brasil uma proposta, em análise pelas comissões permanentes da Casa, que garante às mulheres o direito ao pagamento de meia-entrada em jogos de futebol. É o Projeto de Lei 168/23, cujo a autora é a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), que terá o benefício que corresponde a 50% do total dos ingressos disponíveis para cada jogo.
SÂMIA BOMFIM
A parlamentar pontuou que ainda é necessário avançar na inclusão das mulheres no futebol. “Se hoje boa parte das arquibancadas ainda são ásperas à presença feminina nas torcidas, é fundamental a implementação de incentivos para que cada vez mais mulheres possam participar dos jogos”, frisou.
NO AMAPÁ, JÁ HÁ INCENTIVOS
Em 2021, a prefeitura de Macapá (capital do estado) celebrou uma grande vitória. Desde então, o estado mais ao norte do Brasil, vem celebrando convênios com clubes, ligas e entidades para desenvolvimento da modalidade na capital. Para tanto, em Macapá foi aprovado, àquele momento, por unanimidade pelos vereadores, um Projeto de Lei de incentivo ao futebol feminino. O objetivo da Lei, proposta pelo vereador Marcelo Dias (Solidariedade), que agora segue para sanção do prefeito Dr. Furlan, é garantir oportunidades e fortalecer a prática de modalidades entre as mulheres, de qualquer idade, em campos, quadras e arenas de Macapá.
NA CASA DO POVO
Como podemos ver, não é de hoje que as mulheres buscam a prática do futebol. E muito embora haja incentivos por parte do estado, elas ainda enfrentam grandes dificuldades e desigualdades em comparação com a realidade dos homens, principalmente nos investimentos. Ora, a legislação atual assegura o direito da meia-entrada em eventos esportivos a estudantes, idosos, pessoas com deficiência e jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes. Assim, a parlamentar paulista observou que a visibilidade do futebol feminino alcançou novos patamares no início deste ano com o lançamento da Supercopa do Brasil, que reúne oito das principais equipes nacionais em jogos transmitidos por canais abertos e fechados, além de plataformas de streaming. Pelo texto, para requerer o benefício, a pessoa deverá apresentar carteira de identidade ou outro documento que conste informação sobre gênero.
MACHISMO?
Nobre leitor, o Brasil conta hoje com pouco estímulo ao futebol de mulheres, em comparação com o futebol de homens, fato. Nosso país necessita, portanto, despertar cada vez mais o interesse pelo esporte em jovens mulheres, a fim de que novas atletas sejam formadas.

No domingo, dia 12, o Corinthians conquistou o bicampeonato de futebol feminino
E mesmo que a realidade do futebol feminino brasileiro ainda não seja nada acolhedora e inclusiva, pois muitas são as barreiras que as mulheres driblam todos os dias para conseguirem praticar a sua paixão e perseverarem no esporte, penso que já há um avanço, tanto em Macapá, a nível municipal, quanto no Brasil, a nível federal.
Por Harrison S. Silva, colunista do Portal Política