O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) enviou nesta quinta-feira, dia 2, os processos que pedem a cassação do mandato e a inelegibilidade do senador Sergio Moro (União-PR) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As ações argumentam que o político cometeu abuso do poder econômico na campanha eleitoral de 2022. No dia 9 de abril, o TRE-PR concluiu o julgamento dos processos e decidiu, por 5 votos a 2, manter Moro no cargo.
O que os partidos argumentam?
No recurso, o PL argumenta que Moro e os suplentes foram favorecidos pelo derrame de recursos financeiros em fase prematura do calendário eleitoral e que os excessos macularam o resultado das eleições. O partido também afirma haver fortes indícios da prática de corrupção, caixa dois e triangulação de recursos. No documento, os advogados sugerem que dinheiro público “pode ter se perdido” em empresas de parceiros.
A Federação Brasil da Esperança argumentou que houve um desequilíbrio na disputa pelos gastos de campanha. De acordo com o partido, é evidente que os demais pré-candidatos ao Senado do Paraná não dispuseram de tantos recursos quanto Moro e que não tinham a mesma estrutura de pessoal e marketing digital.
“Superar ou ignorar tamanho abuso seria medida de conivência com a ilegalidade e aceitar que no período de pré-campanha impera o ‘vale-tudo’ eleitoral”, menciona a federação.
Em pronunciamento no Senado Federal, em Brasília, após o resultado do julgamento no TRE-PR, Moro disse que a Corte preservou a soberania popular e honrou os votos de quase 2 milhões de paranaenses.
“O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, em julgamento técnico e impecável, rejeitou as ações que buscavam a cassação do mandato de senador que me foi concedido pela população paranaense. Na data de hoje, o tribunal representa um farol para a independência da magistratura frente ao poder político”, disse.
Os partidos alegam que os gastos com viagens, eventos e publicidade na pré-campanha para a Presidência deram a Moro uma visibilidade desproporcional, que impactou a disputa para o Senado. A defesa do senador defende que muitos dos gastos apontados no processo não conferiram a ele nenhuma visibilidade.
Fonte: G1 (com adaptações)




