O ministro Cristiano Zanin, recentemente indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) como representante do progressismo, enfrentou críticas após seu voto contrário à descriminalização do porte de drogas. Esse foi o único voto divergente, com um placar atual de 5-1 a favor da descriminalização. A votação foi interrompida devido a um pedido de vista do ministro André Mendonça.
As reações ao voto de Zanin foram fortemente negativas, especialmente entre membros do PT e de outros grupos de esquerda. As críticas se concentraram principalmente em grupos fechados, com mensagens lamentando a atitude do ministro, que é visto como uma decepção.
Carlos Minc, ex-ministro do Meio Ambiente e agora deputado estadual pelo Rio de Janeiro, expressou sua desilusão com Zanin em uma postagem nas redes sociais, mencionando a decepção com o voto do ministro e também com seu posicionamento em relação à equiparação da transfobia/LGBTfobia ao crime de racismo/injúria racial.
Esta não foi a primeira vez que Zanin desagradou a esquerda; ele também manteve a condenação de dois homens acusados de furtar bens avaliados em R$ 100, rejeitando a alegação de insignificância.
Após a controvérsia sobre a votação da transfobia, o gabinete de Zanin emitiu uma nota explicativa, enfatizando que o mérito da questão não poderia ser alterado pelos embargos de declaração.
Outros políticos de esquerda, como a deputada Sâmia Bomfim, expressaram sua decepção. Em seu voto, Zanin mencionou que a descriminalização do porte de drogas poderia agravar o problema das drogas no Brasil.
Por outro lado, alguns parlamentares de direita, como o senador Eduardo Girão e o deputado Silas Câmara, elogiaram o voto de Zanin, considerando-o uma surpresa positiva e alinhado com os valores de uma sociedade saudável.
