Diretora do Ipec: pesquisa não é oráculo, eleitor teve atitude de 2º turno.
A diretora do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), Márcia Cavallari, rebateu críticas aos dados divulgados pela empresa sobre as intenções de votos durante a campanha eleitoral. Em entrevista ao UOL News, Cavallari avaliou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter recebido votos úteis migrados de Ciro Gomes (PDT) e dos eleitores indecisos. A última pesquisa das intenções de votos do Ipec antes do primeiro turno mostrava Bolsonaro com 37% dos votos válidos; o candidato à reeleição recebeu 43,20% dos votos. O ex-presidente Lula registrou 51% das intenções de votos válidos no Ipec de sábado, dia 1⁰, e recebeu 48,43% nas urnas.
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“Os índices de Ciro eram 5%; ele teve 3%. Tínhamos 3% de indecisos. Esses votos migraram para Bolsonaro provavelmente no voto estratégico, não querendo que a eleição terminasse no 1º turno. Ou seja, antecipando um possível comportamento do segundo turno já no primeiro“, acrescentou ela [Márcia].

Ricardo Barros (PP – PR), o deputado federal que quer criminalizar as pesquisas eleitorais
Segundo ela, todo ano tem essa discussão no Congresso. “O que tem que ser entendido é a interpretação da pesquisa. A pesquisa não é um oráculo, não tem poder de projetar resultado futuro. Está ali diagnosticando um momento, medindo a opinião das pessoas, que muda ao longo do processo [eleitoral]“, explicou a executiva. Ela também falou sobre a proposta do líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), em criminalizar as pesquisas eleitorais.
Do Portal Política