Um ex-diretor de uma subsidiária do grupo Odebrecht afirmou ao STF que sua delação premiada firmada com a Operação Lava Jato serviu somente para que procuradores da força-tarefa e o ex-juiz federal e hoje senador Sergio Moro (União-PR) perseguissem inimigos e se promovessem politicamente. Os advogados de Newton de Lima Azevedo Júnior, ex-diretor da empresa da Odebrecht na área ambiental, apresentaram essa alegação a Dias Toffoli, ao pedirem ao ministro que estenda a Azevedo algumas decisões do STF contrárias à Lava Jato.
Uma das evidências disso, segundo os advogados, é que o seu cliente sequer foi investigado e jamais foi processado na Lava Jato. Na sua delação, Azevedo citou suposto pagamento de propina da Odebrecht a André Luís de Souza, membro do comitê de investimentos do Fundo de Investimentos do FGTS, em troca de aportes de recursos do fundo na Foz do Brasil, que passou a se chamar depois Odebrecht Ambiental.
Na visão do delator, entre os inimigos declarados da Lava Jato e perseguidos pela operação está, é claro, a própria Odebrecht, que mobilizou um batalhão de 77 executivos, diretores e funcionários para relatar à Justiça centenas de casos de corrupção, registrados em áudio e vídeo. Em tempo: ao anular todos os atos da Lava Jato contra Marcelo Odebrecht, há duas semanas, Dias Toffoli manteve a delação premiada do príncipe dos empreiteiros.
Fonte: Metrópoles (com adaptações)




