Em comemoração ao Dia da Juventude do Brasil o Portal Política entrevistou jovens que vem se destacando no cenário político e perguntou um pouco de sua história e como eles enxergam a presença dos jovens na política.
Deputado Davi de Raimundão, o que você acha do cenário político para os jovens?
Conhecendo melhor o parlamento nessa minha primeira investida na vida pública, cheguei à conclusão de quão seria interessante para o país como um todo a participação mais efetiva da juventude na política nacional. Seja nas refregas eleitorais, nos debates políticos ampliando níveis de conscientização e apontando ideias. Desta forma, exercendo pressão maior no contexto das reinvindicações, fazendo críticas e procurando dar um rumo melhor à política e às gestões públicas.
Não é à toa que 47,7% da população residente no Brasil é composta por pessoas com idades entre 18 e 49 anos. Ou seja, uma fatia expressiva que poderia estar mais presente nos embates políticos e dando um contributo maior no desenvolvimento de sua cidade, do seu estado e da nossa nação. Muito provavelmente, representaria uma oxigenação maior nas ideias e de modo a servir com incentivo para que tenhamos um envolvimento cada vez maior da juventude na política nacional.
Tudo isso é possível acontecer reunindo muitas mãos e cabeças de homens e mulheres jovens que podem muito bem, e até devem, se inspirar nas boas práticas e a experiência dos mais velhos que tenham percorrido de forma proeminente os caminhos na vida pública. Seria a melhor e mais segura maneira de fazer um traçado eficiente com os olhos nos bons propósitos do passado e a mente voltada para a busca incessante de um futuro honrado para todos no contexto da modernidade.
Entretanto, não podemos perder de vista a possibilidade de uma inserção maior das mulheres na vida política, despertando cada vez mais suas habilidades e o trato saudável com a coisa pública. Ainda enxergo como algo extremamente tímido e que nem as obrigatórias cotas de gêneros perante os partidos políticos no registro das candidaturas resolveu a situação.
Interessante notar que, na contramão dessa história, a maior parcela do eleitorado brasileiro é feminina como se não bastasse a própria população formada por 51,8% de mulheres em nosso país. Tais normas eleitorais foram postas em prática há alguns anos, mas as bancadas femininas nos parlamentos não evoluíram tanto e nem ao menos o número de mulheres no comando de prefeituras, governos de estados ou à frente da própria união.
Em alguns casos, mulheres até conseguem boas votações a exemplo do último pleito municipal no meu Juazeiro do Norte quando duas delas foram as mais votadas. Noutros, o número de sufrágios chega a ser bem reduzido. Por isso, é nesse contexto geral que me insiro em nome de um protagonismo maior da juventude masculina e com a participação efetiva de nossas bravas mulheres.
