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Disputa entre partidos embaralha alianças e pressiona Lula e Bolsonaro no período de convenções

Foto: Reprodução

Pré-candidatos a prefeito que disputam o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também os que almejam ter o ex-presidente Jair Bolsonaro como aliado têm sofrido com disputas internas dentro do mesmo campo político e, nalguns casos, até dentro do mesmo partido. As divergências internas já provocaram situações como sucessivas trocas de pré-candidatos, disputas pelo fundo eleitoral e políticos apoiando nomes que concorrem contra a própria sigla.

Em Campo Grande, por exemplo, a falta de sintonia interna no PL foi tanta que o partido passou por cinco mudanças de posição sobre a disputa. Em abril, Bolsonaro visitou o Mato Grosso do Sul, mas evitou o campo minado da capital. A legenda chegou a apresentar as candidaturas próprias de Marcos Pollon, Coronel David, João Henrique Catan, Rafael Tavares e Tenente Portela.

Mesmo diante do cenário confuso, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) tenta um acordo para o apoio do PL à prefeita Adriane Lopes (PP). Noutros estados, as disputas já provocam efeitos negativos antes mesmo do período oficial de campanha. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, excluiu Sergipe do giro de estados do Nordeste no fim de junho. 

 

A senadora Teresa Cristina (PP-MS) tenta um acordo para diminuir a polarização Direita X Esquerda nas eleições | Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
A senadora Teresa Cristina (PP-MS) tenta um acordo para diminuir a polarização Direita X Esquerda nas eleições | Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

 

Noutra cidade com divisão interna, Fortaleza, a ex-prefeita Luizianne Lins (PT) perdeu a disputa no partido para ser indicada como pré-candidata. O escolhido foi o presidente da Assembleia, Evandro Leitão (PT). A ex-prefeita decidiu não acompanhar Lula em visitas à cidade e esteve ausente de ato da pré-campanha de Evandro, realizado na capital cearense, e que contou com a participação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR).

No campo bolsonarista também há um cenário embolado. Nunes tem apoio do PL, mas Pablo Marçal (PRTB), que já foi recebido por Bolsonaro, tem atraído uma parcela da direita da cidade e chegou a negociar com o União Brasil. O PSDB lançou o apresentador Datena como candidato, que também disputa o eleitorado de direita. Somado a isso há o fato de que nem todos os bolsonaristas de São Paulo estarão engajados na tentativa de reeleição do prefeito.

Noutras capitais

O cenário de divisão é similar. No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (PSD) deverá ter o apoio do PT, mas uma ala da legenda se movimenta para apoiar Tarcísio Motta (Psol-RJ). Esse grupo do PT, do qual o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) é um dos principais organizadores, reconhecia há meses que o partido de Lula não iria emplacar o vice do prefeito. Em Belo Horizonte, a base lulista está dividida nas candidaturas de Rogério Correia (PT-MG), Duda Salabert (PDT-MG) e do prefeito Fuad Noman (PSD). Já a direita está dividida entre Bruno Engler (PL-MG), Mauro Tramonte (Republicanos-MG) e Carlos Viana (Podemos-MG).

 

Fonte: O Globo (com adaptações)

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