O Congresso Nacional aprovou, por 355 votos a 101, um fundão para as eleições municipais de 2024 de quase 5 bilhões. As oligarquias partidárias rejeitaram até uma proposta de mediação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que estabelecia o valor das eleições de 2020, corrigido pela inflação. Isso daria um montante estimado de 2,7 bilhões, praticamente a metade do que foi aprovado.
A proposta do governo era de menos de 1 bilhão de reais, mas o próprio PT orientou pela manutenção dos 5 bilhões, assim como os líderes de todos os partidos maiores. Esses recursos abusivos faltarão na área social (como farmácia popular, financiamento estudantil e auxílio gás), desgastam a própria ideia de financiamento público (que defendemos) e reforçam esse padrão de campanhas milionárias, em plena era da internet.
“Estão implantando no Brasil o presidencialismo não de coalizão, mas de cooptação, de barganha. Presidencialismo mais que “mitigado“: amarrado! Lira é o “primeiro ministro“… Pontua o deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ). Ademais, o Centrão, cada vez mais, coloca-se como dono do orçamento da União, através do crescente poder das emendas parlamentares (cujo montante foi para 53 bi, 16 bi a mais que o proposto pelo Executivo). Já o PAC foi reduzido em 6 bi, bilhões de reais.
Artigo: deputado federal Chico Alencar
Edição: Harrison S. Silva




