Com a capital em Goiânia e uma população de 6,523 milhões (julho de 2014), o Estado de Goiás, bem no centro do Brasil, alberga a savana acidentada e uma agricultura de grande escala. Ademais, os goianos esperam ansiosamente para conhecerem os seus candidatos. São eles: Ronaldo Caiado, que deve concorrer a um novo mandato; o ex-governador Marconi Perillo (PSDB); o ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot (Patriota); o ex-governador Vanderlan Cardoso (PSD); ex-reitor da PUC-GO Wolmir Amado (PT); o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido) e o deputado federal Major Victor Hugo (União Brasil), que deve se filiar ao PL. O Palácio das Esmeraldas é a residência oficial do Governo goiano, e na disputa pelo comando, já se fala em ao menos sete pré-candidatos.
Então, quem são os pré-candidatos à cadeira do Palácio das Esmeraldas?
Ronaldo Caiado, (União Brasil);

- Ronaldo Caiado, o atual Governador do estado goiano vai disputar a reeleição ao cargo com outros seis possíveis candidatos. Ele também já foi deputado federal em dois períodos 1991 a 1995 e 1999 até 2015 e Senador 2015 a 2019. Embora favorito, Caiado dificilmente repetirá o feito de 2018, quando foi eleito no primeiro turno. Agora, seus maiores desafios são imprimir uma marca própria na gestão, o que pode ocorrer com os programas sociais, e acalmar setores de sua base insatisfeitos com o fato de ele ter escolhido o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, como candidato a vice.
Marconi Perillo (PSDB);

- Marconi Perillo foi eleito governador de Goiás em 1998, 2002, 2010 e, por último, em 2014. Em 2018, concorreu a uma vaga no Senado Federal e terminou a disputa em um distante quinto lugar. Candidato à reeleição, José Eliton encerrou a disputa em terceiro lugar. Após o fiasco de 2018, Marconi Perillo passou um tempo em São Paulo e reapareceu na política goiana recentemente. No fundo, sua vontade é voltar a ser governador, cargo que já ocupou durante quatro mandatos, mas não descarta concorrer ao Senado ou, em última instância, à Câmara dos Deputados.
Vanderlan Cardoso (PSD);

- Por sua vez, o senador Vanderlan Cardoso, ainda não fala publicamente que será candidato. Nos bastidores, contudo, a avaliação é de que a possibilidade é cada vez mais real. Ele é um dos maiores insatisfeitos da base governista com a aliança entre Caiado e Daniel. Vanderlan que já tentou ser Governador em 2010 e 2014, seria uma alternativa e pode ser bancado pelo bolsonarismo em Goiás.
Jânio Darrot (Patriota);

- Jânio Darrot, o ex-prefeito de Trindade, trocou o PSDB pelo Patriota para viabilizar sua candidatura ao Palácio das Esmeraldas. Até agora, porém, ainda não decolou. O seu plano B, de acordo com pessoas próximas a ele, é tentar uma cadeira de deputado federal.
Vitor Hugo (PL);

- O plano A do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Goiás é a candidatura do deputado federal Vitor Hugo, o seu aliado de primeira hora no Estado. De qualquer forma, como se distanciou de Caiado, Bolsonaro provavelmente terá um palanque próprio no Estado. Até o momento, suas principais pautas perpassam pela economia, com investimentos privados e privatizações.
Wolmir Amado, (PT);

- Ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Wolmir Amado, por fim, aposta em colar sua imagem à do ex-presidente Lula (PT) com o objetivo de alavancar uma candidatura petista em Goiás.
Gustavo Mendanha (sem partido)

- Prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha desponta, segundo as pesquisas internas, como o principal nome de oposição ao atual governador. Depois de deixar o MDB por discordar da aliança com Caiado, ele mantém conversas especialmente com Patriotas, Podemos, PL e Republicanos. Gustavo Mendanha anunciou que tem data para sair do cargo de prefeito para se dedicar exclusivamente a sua pré-candidatura ao governo ele que tem mantido conversas com a deputada federal Magda Moffato do partido PL e com Ana Paula Rezende filha do ex-prefeito de Goiânia e governador de Goiás, Iris Rezende para compor a chapa na vice-governadoria.
As estatísticas para o Governo
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), tem 37,1% das intenções de voto para se reeleger neste ano, de acordo com pesquisa realizada pela Serpes Pesquisas de Opinião e Mercado, contratada pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg). Atrás de Caiado aparecem Marconi Perillo (PSDB), com 14,1%, Gustavo Mendanha, com 13%, Major Vitor Hugo – aliado de Jair Bolsonaro (PL) – (PSL), com 2,6%, Jânio Darrot (Patriota), com 1,4%, e Wolmir Amado (sem partido), com 0,4%
Henrique Meirelles quer o Senado por Goiás
No Senado desde 2019, quando assumiu a cadeira como suplente de Ronaldo Caiado (DEM), o senador Luiz do Carmo (MDB) quer se candidatar à reeleição. Já no PSL, o deputado Delegado Waldir também almeja disputar uma cadeira ao Senado na chapa de Caiado. A movimentação já fez com que Do Carmo procurasse um outro partido para se abrigar, tendo em vista que Waldir deverá ter o apoio de Caiado por causa da fusão entre o PSL e o DEM para a criação do União Brasil. Por outro lado, Luiz do Carmo, Zacharias Calil (DEM), Alexandre Baldy (PP) e Wilder Morais (PSC) contemplam a possibilidade de uma candidatura avulsa, sem coligação para o Governo Estadual, caso não consigam espaço na chapa caiadista.
Recém-filiado ao PSD, o secretário da Fazenda do governo de São Paulo, Henrique Meirelles, também pretende disputar mandato de senador. Ele é goiano e já foi eleito deputado federal por Goiás, mas abdicou do mandato para ser presidente do Banco Central no governo do ex-presidente Lula.
Os pré-candidatos só serão candidatos de fato após a aprovação da candidatura pelo Juiz Eleitoral. Cabe notar, que a lei não estabelece uma data inicial para a divulgação duma pré-candidatura, porém, há um período legal para a realização da propaganda intrapartidária, que só pode começar a partir das 19h do dia 5 de julho do ano das eleições. Ademais, o registro das candidaturas à Justiça Eleitoral começa a partir do dia 20 de julho e vão até o dia 5 de agosto do ano eleitoral, conforme disposto na Lei das Eleições.
As eleições gerais no Brasil em 2022 estão agendadas para o dia 2 de outubro, em primeiro turno, e 30 de outubro em segundo turno, onde houver. Para ser governador de Estado, é necessário ter, no mínimo, 30 anos. Paralelamente, ao Senado, a Constituição exige 35 anos.
Matéria feita por Harry e Vithor Nunes, colunistas do Portal Política