O governo federal anunciará uma nova política industrial para o país, denominada “Nova Indústria Brasil”, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento nacional. O plano prevê R$ 300 bilhões em financiamentos para o setor até 2026, sendo R$ 106 bilhões já anunciados em julho de 2023. O programa terá ações planejadas até 2033.
Recursos e gestão do programa
Os recursos do programa serão geridos por instituições como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial). O financiamento será disponibilizado por meio de linhas de crédito e recursos captados pelo mercado de capitais, alinhados aos objetivos e prioridades do programa.
Ações prioritárias
A nova política industrial priorizará ações do poder público para incentivar a produção nacional, incluindo a oferta de linhas de crédito especiais, recursos não-reembolsáveis e ações regulatórias e de propriedade intelectual. O governo também dará destaque às compras públicas e à realização de obras como parte do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), com o objetivo de estimular o desenvolvimento industrial no país.
Áreas prioritárias e Metas
O programa identificou seis áreas prioritárias para investimentos e estabeleceu metas a serem alcançadas até 2033 em cada segmento:
- Cadeias Agroindustriais: Mecanizar 70% dos estabelecimentos de agricultura familiar, com 95% das máquinas produzidas pela indústria nacional.
- Saúde: Ampliar a participação da produção nacional de medicamentos, vacinas e equipamentos médicos, atingindo 70% das necessidades do país.
- Bem-Estar nas Cidades: Reduzir em 20% o tempo de deslocamento das pessoas de casa para o trabalho e ampliar em 25 pontos percentuais a participação da produção brasileira na cadeia da indústria do transporte público sustentável.
- Transformação Digital: Digitalizar 90% das empresas industriais brasileiras e triplicar a participação da produção nacional nos setores de novas tecnologias.
- Descarbonização: Ampliar em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes e reduzir em 30% a emissão de carbono da indústria nacional.
- Defesa: Alcançar autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas, com foco no desenvolvimento de energia nuclear, sistemas de comunicação, sistemas de propulsão e veículos autônomos e remotamente controlados.
O programa busca promover o desenvolvimento econômico e a produção nacional, com ênfase em áreas estratégicas para o país.
