O Supremo Tribunal Federal (STF), através do ministro Cristiano Zanin, deu início a um inquérito para investigar o deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ) devido a um incidente em que ele agrediu com um tapa o deputado Messias Donato (Republicanos-ES). A agressão, capturada em vídeo, ocorreu durante uma sessão solene de promulgação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, em dezembro.
Além de autorizar a investigação, o ministro Zanin acatou a recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o vídeo do incidente permaneça disponível no YouTube, estabelecendo um prazo de 60 dias para a conclusão do inquérito. Após essa fase, caberá à Polícia Federal elaborar um relatório e à PGR decidir sobre a apresentação de uma denúncia formal contra Quaquá, com base nos resultados da investigação.
Contexto da agressão
O confronto entre os deputados ganhou atenção após Quaquá reagir a provocações. Segundo relatos, o estopim da agressão foi uma ofensa proferida pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que chamou Quaquá de “ladrão”. Em resposta às ações e ao comportamento de bolsonaristas contra o presidente Lula, Quaquá afirmou à CartaCapital que não toleraria agressões e que reagiria a qualquer ataque.
Repercussão e intervenção
O incidente provocou tumulto no plenário, com outros parlamentares tentando, sem sucesso, impedir a agressão. A Polícia Legislativa precisou intervir para evitar que o conflito escalasse. Os vídeos da confusão circularam amplamente nas redes sociais, evidenciando a intensidade do momento e a polarização política na Câmara dos Deputados.
A decisão do STF de abrir o inquérito sublinha a seriedade com que o Judiciário trata casos de violência e desordem no ambiente legislativo, reforçando a importância da manutenção da ordem e do respeito mútuo entre os representantes eleitos. A investigação em curso e as ações subsequentes da PGR e da Polícia Federal serão determinantes para as consequências legais enfrentadas por Quaquá.




