O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou medidas para investigar a falsa filiação do presidente Lula (PT) ao Partido Liberal (PL), que também é o partido de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto. A Certidão de Filiação Partidária de Lula indicava que ele estava formalmente desligado do PT desde 15 de julho de 2023, quando, supostamente, se tornou membro do PL em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo.
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, ordenou uma investigação do caso, considerando a existência de indícios de crime relacionados à inserção de dados falsos no sistema eleitoral. No despacho, Moraes solicitou que fossem tomadas todas as medidas cabíveis pela Polícia Federal e que essas providências fossem comunicadas posteriormente ao TSE.
Descarte de ataque ou falha no sistema
A apuração interna realizada pelo TSE descartou a possibilidade de ataque ao sistema ou falha na programação. Em vez disso, identificou o uso de “credenciais válidas para o registro de uma nova filiação falsa” por meio do login da advogada Ana Daniela Leite e Aguiar, que presta serviços ao PL. O login da advogada possui um histórico de mais de 75 mil ações no sistema do TSE, sugerindo que os dados podem não estar sob o controle exclusivo dela.
Declaração de Valdemar Costa Neto
Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, considerou o caso uma “grande bobagem” e atribuiu a falsa filiação de Lula a um “hacker”. Ele destacou que também pediria uma investigação à Polícia Federal e mencionou um incidente anterior em que o deputado Nikolas Ferreira, do PL, foi erroneamente listado como filiado ao PT em outubro.
A investigação sobre a falsa filiação de Lula ao PL é um desenvolvimento significativo, com implicações políticas e eleitorais importantes. A ação do TSE e a cooperação da Polícia Federal podem lançar luz sobre o incidente e determinar se ele foi resultado de atividades maliciosas ou de outras circunstâncias.




