Na semana em que o Senado Federal dedicou uma sessão para aprovar projetos destinados ao fomento e melhoria da educação, o senador Jayme Campos (União-MT) apresentou um projeto que promete um salto de qualidade na formação de jovens e adultos no ensino público. Trata-se do PL 2356/2024, que institui a Política Nacional de Educação Empreendedora e Financeira.
As estatísticas
Dados da Confederação Nacional do Comércio revelam que 78% das famílias brasileiras estão endividadas e 29% estão com contas em atraso. Ademais, o Serasa apontou que o país tem atualmente mais de 70 milhões de inadimplentes. O valor médio da dívida das pessoas é de R$ 4 500, o que soma algo parecido em torno de R$ 367 bilhões em dívidas em atraso.
Pesquisas mostram que apenas 35% dos brasileiros estão ‘alfabetizados financeiramente’. Segundo o levantamento da organização ‘Todos Pela Educação’, 98% dos estudantes brasileiros de escolas públicas querem escolas que os capacitem para o trabalho. Por outro lado, de acordo com o Sebrae, 7 entre cada dez professores brasileiros não sabem tratar dos temas relacionados ao empreendedorismo e à educação financeira.
Dessarte, a preparação para a vida adulta deve observar a necessidade de habilitar os jovens para lidar com questões financeiras, bem como estimulá-los a empreender e a inovar em um ambiente de trabalho cada vez mais dinâmico. Segundo Jayme, a escola não cumprirá sua missão civilizadora se for incapaz de formar cidadãos preparados para se inserir na vida produtiva de forma empreendedora e com competências financeiras.

Outro dado que justifica a adoção pelo governo brasileiro de uma política de educação empreendedora e financeira, na avaliação do senador do União, vem da Global Entrepreneurship Monitor. Levantamento dessa instituição apontou que entre 65 países, o Brasil ocupa a 56ª posição na difusão da educação empreendedora. Além do atraso, como uma das últimas no mundo, esse dado mostra que o país segue perto da contra-mão da evolução do ensino.
Ao apresentar o projeto, Jayme Campos comentou os números apresentados pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, durante audiência pública que ele presidiu na Comissão Mista de Orçamento. Campos é vice-presidente da CMO. De acordo com o senador, o cenário apresentado pela ministra se revelou muito ruim em relação aos recursos que são aplicados em educação e aos resultados, em contrapartida, que são muito poucos.
Ora, pela proposta apresentada por Jayme Campos, os currículos da educação básica incluirão o empreendedorismo, a inovação e a educação financeira como temas transversais. Os conteúdos desses currículos devem observar, entre as suas diretrizes, a orientação para o trabalho, o empreendedorismo e a inovação. O estímulo deve ocorrer inclusive mediante programas e cursos de formação de docentes nessas áreas, com o objetivo de promover a conexão entre os conhecimentos técnicos e científicos e o mundo do trabalho e da produção.
Fonte: Assessoria de Imprensa do senador Jayme Campos (com adaptações)




