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Lula avalia situação de Juscelino Filho após pedido de indiciamento pela PF

Foto: Reprodução

O presidente Lula (PT) está adotando cautela antes de tomar uma decisão sobre a manutenção ou demissão do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Apadrinhado pelo senador Davi Alcolumbre (AP), Juscelino entrou no governo com o objetivo de ampliar a base governista dentro do União Brasil.

Pedido de Indiciamento

Juscelino Filho teve um pedido de indiciamento por crimes como corrupção passiva, fraude em licitações e organização criminosa. O relatório da Polícia Federal foi enviado ao Supremo Tribunal Federal na terça-feira, 11, e o relator é o ministro Flávio Dino. A investigação aponta que Juscelino Filho teria participado de um esquema de desvio de emendas parlamentares, quando era deputado federal, para a cidade de Vitorino Freire, no Maranhão. A prefeita do município, Luanna Rezende, é sua irmã, e seu pai, Juscelino Rezende, foi prefeito da cidade por duas vezes.

Defesa do Ministro

Em Genebra, na Suíça, nesta quinta-feira, 13, o presidente Lula defendeu Juscelino Filho, afirmando que ele tem o direito de provar sua inocência. “O fato de o cara estar indiciado não significa que ele cometeu um erro. Significa que alguém está acusando, e a acusação foi aceita. Agora, é preciso que as pessoas provem que são inocentes”, disse Lula.

Expectativas e Estratégia Política

Segundo fontes do governo ouvidas por O Antagonista, Lula pretende conversar com integrantes do União Brasil antes de decidir o futuro do ministro, o que deve ocorrer após seu retorno ao Brasil. Governistas avaliam que o pedido de indiciamento do ministro veio em um momento desfavorável para o Planalto, que sofreu diversas derrotas no Congresso Nacional recentemente.

Declaração de Juscelino Filho

Em nota, Juscelino Filho afirmou que o “indiciamento é uma ação política e previsível”. Ele criticou a investigação, alegando que ela se desviou de seu propósito original e se concentrou em criar uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos e sem considerar os fatos objetivos. Juscelino também disse que o delegado responsável pelo caso não fez questionamentos relevantes durante seu depoimento e encerrou a sessão abruptamente após apenas 15 minutos, sem dar espaço para esclarecimentos ou aprofundamento.

Continuidade das Investigações

A investigação segue em curso, com o relatório da Polícia Federal agora sob análise do Supremo Tribunal Federal. Enquanto isso, Lula mantém a cautela, equilibrando a necessidade de uma base sólida no governo com a integridade das investigações em curso.

 

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Acesso Portal