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Lula se reúne pela 5ª vez com Alberto Fernández enquanto deixa ministros de lado

Foto: Reprodução

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, tem se mostrado bastante engajado na política externa, sobretudo com a Argentina, com quem já se encontrou cinco vezes este ano. Esse número é superior ao de reuniões com 20 de seus ministros, revelando uma estratégia de aproximação regional intensa.

Comemoração de 200 anos de relações diplomáticas

O encontro mais recente entre Lula e Fernández, ocorrido nesta segunda-feira (26.jun), marca a celebração dos 200 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Argentina. Os presidentes têm se reunido frequentemente desde a posse de Lula, e o líder argentino foi o mais presente nos encontros bilaterais.

Fernández desiste da reeleição em meio à crise

A Argentina vive atualmente uma crise econômica, com forte perda do poder de compra da população e desvalorização do peso argentino. No meio deste cenário turbulento, Fernández anunciou sua desistência da candidatura à reeleição, agitando ainda mais o cenário político argentino.

Discutindo uma moeda comum

Durante o encontro, Lula e Fernández devem revisar a declaração conjunta assinada pelos dois países em janeiro. Além disso, é esperado que discutam a proposta de uma moeda comum na região, medida que poderia ajudar a Argentina a reduzir sua dependência do dólar.

Ministros do Brasil são pouco requisitados

Enquanto isso, no cenário interno, Lula parece estar menos engajado com seus ministros. O presidente se encontrou apenas quatro vezes com os ministros da Saúde, Educação, Transportes e Desenvolvimento Agrário em reuniões privadas ou com apenas mais uma pessoa.

Resultados limitados apesar do foco externo

Apesar de sua atenção à política externa, o balanço das incursões de Lula no exterior tem mostrado resultados limitados. Seu posicionamento ambíguo em algumas questões, como a situação na Ucrânia, e a recepção ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, com honras de chefe de Estado, geraram críticas de líderes tanto de direita quanto de esquerda.

Em suma, o terceiro mandato de Lula tem sido marcado por uma política externa intensa, porém questionável em termos de efetividade. Enquanto isso, questões internas parecem ter sido deixadas de lado, levantando dúvidas sobre as prioridades do atual governo.

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