Um novo capítulo se desenrolou na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1, nesta quinta-feira. O sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, que fazia parte da Ajudância de Ordens durante a administração do ex-presidente Jair Bolsonaro, admitiu ter realizado “pequenos pagamentos” para a família Bolsonaro.
Investigação de Movimentações Atípicas
O militar, investigado por transações financeiras consideradas não convencionais, era colega de equipe do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A suspeita foi levantada após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) elaborar um relatório de inteligência financeira (RIF) que identificou tais movimentações.
Confronto na Comissão
Durante a oitiva, a situação ficou tensa quando o deputado Rubens Júnior (PT-MA) questionou o sargento sobre possíveis pagamentos realizados tanto ao ex-presidente quanto à ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Inicialmente, Luís Marcos dos Reis negou as acusações. No entanto, após ser pressionado, ele reconheceu a realização dos pagamentos, mas optou por permanecer em silêncio quanto aos detalhes dos depósitos.
Este depoimento se torna mais um elemento no intrincado puzzle da CPMI do 8/1, que busca esclarecer possíveis irregularidades e atos antidemocráticos durante a gestão do ex-presidente Bolsonaro. Com a confirmação dos pagamentos e o silêncio subsequente do sargento, aguardam-se os próximos desdobramentos desta investigação parlamentar.