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O maior colégio eleitoral do Brasil, São Paulo, lança os seus pré-candidatos ao Governo

O Estado de São Paulo é a unidade federativa mais populosa do Brasil, com mais de 46 milhões de habitantes, e é um Estado homônimo, ou seja, tem a sua capital de mesmo nome do Estado. O Palácio dos Bandeirantes, que é o edifício-sede do Governo do Estado de São Paulo, espera ansiosamente quem vai ocupar a cadeira de João Doria, o atual chefe do Executivo estadual, já que ele [Doria] é pré-candidato ao Palácio do Planalto e não disputará a reeleição. Os pré-candidatos ao cargo de governador de São Paulo já começaram a surgir com propostas aos cidadãos. O candidato a governador de Doria será o vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB). Os principais adversários de Garcia podem ser: o ex-governador Márcio França (PSB); o ex-prefeito Fernando Haddad (PT); Guilherme Boulos (PSOL); o deputado federal Vinicius Poit (Novo); e o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (sem partido).

 

Eis pré-candidatos ao Governo de São Paulo

Fernando Haddad (PT)

Fernando Haddad | Partido dos Trabalhadores | Página 3

O ex-prefeito de São Paulo Haddad, é o nome oficial do PT do Lula para disputar o Governo estadual. No entanto, a possível federação partidária entre o PT e PSB para uma aliança nacional colocou um obstáculo na candidatura de Haddad, uma vez que Márcio França (PSB) também pretende disputar o cargo no Estado.

 

Márcio França (PSB)

Lula decidirá candidatura em São Paulo, diz Márcio França

França é também um ex-governador de São Paulo e é o nome do PSB para a disputa ao Governo do Estado. No entanto, a negociação para uma possível federação partidária entre o PT e PSB pode impedir que ele encabece a chapa, uma vez que o PT defende o nome de Fernando Haddad para o Palácio dos Bandeirantes.

 

Guilherme Boulos (PSOL)

Conheça Guilherme Boulos, o candidato à Presidência que quer enfrentar as  desigualdades | GZH

Boulos é líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Ficou em segundo lugar na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2020, com 40% dos votos, perdendo no segundo turno para Bruno Covas (PSDB). Foi também candidato à Presidência da República em 2018, ficando em 10º lugar no primeiro turno.

 

Rodrigo Garcia (PSDB)

Rodrigo Garcia é o pré-candidato do PSDB para o governo de SP

Rodrigo Garcia é aliado de João Doria. O atual vice-governador e secretário de Governo era filiado ao DEM desde 1994. Mudou para o PSDB em maio de 2021, para concorrer ao cargo de governador pelo partido. A sua pré-candidatura foi lançada oficialmente em 21 de novembro, em meio às conturbadas prévias do PSDB que escolheram Doria como pré-candidato à Presidência.

 

Tarcísio de Freitas (sem partido)

O nervosismo de Tarcísio de Freitas com a perda de controle sobre os  caminhoneiros

Tarcísio é ministro da Infraestrutura e é o candidato oficial do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Governo de São Paulo. É provável que se filie ao PL, mas também é cortejado por outros partidos como o PP.

 

Vinicius Poit (Novo)

Vinicius Poit – NOVO na Câmara

  • Vinicius Poit é atualmente deputado federal por São Paulo em primeiro mandato. Foi eleito em 2018 com 207.118 votos. Ademais, a sua pré-candidatura foi oficializada pelo partido em 27 de novembro de 2021, em evento realizado em Ribeirão Preto, no interior do Estado.

 

 

Na corrida ao Senado

Em São Paulo, o senador José Serra (PSDB) já afirmou que não pretende disputar uma nova reeleição em 2022. Com problemas de saúde, Serra se afastou do mandato  e foi substituído pelo seu suplente, José Aníbal (PSDB). O Estado deve ter uma das disputas mais acirradas pelo cargo de senador, diante da pulverização de candidaturas. Inicialmente cotado para disputar a Presidência da República pelo pelo PSL, o apresentador de TV José Luiz Datena decidiu migrar para o PSD para disputar o Senado. Já no MDB, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, pretende se lançar na chapa que terá Geraldo Alckmin como candidato a governador – ele deixará o PSDB.

 

Ao Palácio dos Bandeirantes ou ao Senado?

A direita e a esquerda terão estratégias políticas bem contundentes em São Paulo para aproveitarem os votos dos eleitores paulistanos. Destarte, a aliança política do mesmo espectro para a distribuição dos seus candidatos, ao invés deles concorrerem entre si, pode ser a jogada de mestre; o objetivo dos petistas é não fragmentar os votos da esquerda no maior colégio eleitoral do país. Leia.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes Freitas, vem sendo apontado por aliados de Bolsonaro como o nome do presidente para a disputa pelo Senado em São Paulo. Tarcísio chegou a ser cotado para o cargo de governador, mas a preferência do Planalto é reforçar a bancada aliada de senadores. Na esquerda, os pré-candidatos ao Governo Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSol) deverão se unir e um dos nomes tende a ser lançado ao Senado.

Ao Palácio dos Bandeirantes ou ao Palácio do Planalto?

Geraldo Alckmin se filia ao PSB e deve ser vice em chapa com Lula – GAZ –  Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Geraldo Alckmin (sem partido) é ex-governador de São Paulo e se desfiliou do PSDB em 2021 após 33 anos no partido. É cotado para ser vice na chapa de Lula à Presidência da República pelo PSB, mas as negociações ainda não estão definidas, assim, não descarta a possibilidade de disputar o Governo de São Paulo.

As estatísticas para o Governo de São Paulo

No maior colégio eleitoral do país, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) aparecia na liderança da disputa na maioria das simulações feitas pelo instituto de pesquisa Ipespe, em levantamento divulgado em meados de fevereiro. No primeiro cenário, o pré-candidato petista aparecia empatado com o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido). No entanto, o ex-tucano negocia compor como vice na chapa presidencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Haddad também lidera quando seu nome é apresentado como pré-candidato apoiado pelo ex-presidente Lula, com 38% das intenções de voto. Em seguida aparece o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas (sem partido), pré-candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 25% dos votos. Dependendo do cenário, a segunda colocação fica também com o ex-governador Márcio França (PSB). E França lidera se Haddad não concorrer. Veja os cenários:

Cenário 1

Haddad (PT): 20%
Geraldo Alckmin (sem partido): 20%
Márcio França (PSB): 12%
Guilherme Boulos (Psol): 10%
Tarcísio de Freitas (sem partido): 7%
Rodrigo Garcia (PSDB): 3%
Abraham Weintraub (Brasil 35): 2%
Vinícius Poit (Novo): 1%
Brancos e Nulos: 19%
Não sabe/ Não respondeu: 6%

Cenário 2

Haddad (PT): 28%
Márcio França (PSB): 18%
Guilherme Boulos (Psol): 11%
Tarcísio de Freitas (sem partido): 10%
Rodrigo Garcia (PSDB): 5%
Bracos e Nulos: 24%
Não sabe/ Não respondeu: 4%

Cenário 3

Márcio França (PSB): 31%
Tarcísio de Freitas (sem partido): 15%
Rodrigo Garcia (PSDB): 6%
Brancos e Nulos: 40%
Não sabe/ Não respondeu: 8%

Cenário 4

Haddad (PT): 33%
Tarcísio de Freitas (sem partido): 16%
Rodrigo Garcia (PSDB): 7%
Bracos e Nulos: 39%
Não sabe/ Não respondeu: 6%

Cenário 5

Haddad, apoiado por Lula e Alckmin: 38%
Tarcísio de Freitas, apoiado por Bolsonaro: 25%
Rodrigo Garcia, apoiado por Doria: 10%
Bracos e Nulos: 23%
Não sabe/ Não respondeu: 4%
Metodologia
O levantamento Ipespe, encomendado pela XP Investimentos, ouviu mil eleitores do estado de São Paulo entre os dias 14 e 16 de fevereiro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-03574/2022.

 

Os pré-candidatos só serão candidatos de fato após a aprovação da candidatura pelo Juiz Eleitoral. Cabe notar, que a lei não estabelece uma data inicial para a divulgação duma pré-candidatura, porém, há um período legal para a realização da propaganda intrapartidária, que só pode começar a partir das 19h do dia 5 de julho do ano das eleições. Ademais, o registro das candidaturas à Justiça Eleitoral começam a partir do dia 20 de julho e vão até o dia 5 de agosto do ano eleitoral, conforme disposto na Lei das Eleições.

As eleições gerais no Brasil em 2022 estão agendadas para o dia 2 de outubro, em primeiro turno, e 30 de outubro em segundo turno, onde houver. Para ser governador de Estado, é necessário ter, no mínimo, 30 anos. Paralelamente, ao Senado, a Constituição exige 35 anos.

 

 

 

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