Mandados de busca e apreensão são cumpridos em seis estados e no Distrito Federal, enquanto o governador é submetido a sanções determinadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), como não poder fazer contato com outros alvos da investigação, não poder deixar o país e ter de entregar o passaporte à Justiça em até 24 horas. O pai e o irmão de Cameli também são investigados na operação.
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Bloqueio de bens e medidas cautelares
O STJ determinou o bloqueio de R$ 120 milhões em bens dos investigados, incluindo valores em contas bancárias, aeronaves, casas e apartamentos de luxo. Além disso, foram determinadas medidas cautelares como afastamentos de cargo ou função pública, proibições de contato com investigados e acesso a órgãos públicos, entregas de passaporte, quebras de sigilo bancário e fiscal e suspensão de atividades econômicas de empresas.
Suposto esquema milionário de desvio de recursos públicos
Segundo informações divulgadas pela Controladoria-Geral da União, a Operação Ptolomeu III visa desarticular uma “organização criminosa especializada em fraudar contratações públicas”. Há suspeitas de que recursos da saúde, da educação e do BNDES para obras de infraestrutura e serviços de manutenção tenham sido desviados.
As investigações indicam superfaturamento e inexecução contratual em pelo menos quatro contratos com empresas da área de construção civil que receberam, desde 2019, mais de R$ 268,6 milhões em recursos públicos. Foram identificadas diversas condutas irregulares, como o uso de sócios ocultos para disfarçar a conexão das empresas com servidores públicos envolvidos nas contratações, movimentações de altos valores em espécie e a operação de “smurfing”.
Reações do governo do Acre e da defesa do governador
O governo do Acre afirmou, em nota, que a operação desta quinta é uma “continuidade dos procedimentos policiais anteriores” e que o “governo do Estado, sempre atuando com transparência e retidão, mais uma vez se coloca à disposição das autoridades”. Já a equipe de defesa de Cameli afirmou que a investigação é baseada em uma “pescaria probatória” e uma “devassa financeira ilegal” que atacou a família do governador.