O Palácio de Kanark, residência oficial do Governo do Piauí, aguarda ansiosamente para saber quem vai sentar-se à sua cadeira, pois, reeleito em 2018, Wellington Dias não pode concorrer a um novo mandato. Piauí tem 3,195 milhões (julho de 2014) de habitantes e Teresina como a capital do Estado. As eleições de outubro deste ano movimentam os partidos políticos do Piauí e pré-candidatos se lançam para disputar um cargo eletivo para o próximo pleito. Ao cargo de governador, alguns nomes já são colocados à prova do eleitor, mas a homologação só acontecerá em julho, durante as convenções partidárias.
Embora Wellington não possa concorrer ao Executivo piauiense, o seu candidato deve ser o secretário estadual de Fazenda, Rafael Fonteles (PT). Os seus principais adversários devem ser: o ex-governador Sílvio Mendes (PP); a secretária estadual de Economia Solidária Gessy Fonseca (PSC); e Washington Bonfim (Cidadania), que foi secretário do Planejamento.
Eis os perfis dos pré-candidatos ao Palácio de Kanark
Sílvio Mendes (PSDB);

- O primeiro a ser oficializado como pré-candidato foi o ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (PSDB). Na ocasião, a deputada federal Iracema Portella (Progressistas) foi lançada como pré-candidata a vice-governadora. Durante todo o ano passado, os dois nomes foram trabalhados pelo presidente nacional do Progressistas, ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para que a escolha ocorresse agora. Sílvio Mendes deve mudar de partido para concorrer, mas ainda não decidiu qual. Sílvio Mendes nasceu em Campo Maior (PI), é médico e ex-prefeito de Teresina. Ele já foi secretário de saúde e presidente da Fundação Municipal de Saúde de Teresina.
Rafael Fonteles (PT);
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- Rafael Fonteles é secretário estadual de Fazenda do Piauí. É filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), ele deve continuar no cargo até 31 de março, quando deverá ser lançado oficialmente como pré-candidato. A data é o prazo final para desincompatibilização eleitoral, que nada mais é que a data limite do Tribunal Superior Eleitoral para que ocupantes de cargos no serviço público se afastem do posto, emprego ou função na administração pública direta ou indireta para poder se candidatar a um cargo eletivo. Rafael ainda não assumiu publicamente que é candidato, mas ainda no ano passado o ex-presidente Lula já havia declarado apoio à candidatura de Rafael. O nome do pré-candidato a vice-governador ainda é um mistério. Até o lançamento oficial, o PT vai decidir quais nomes irão compor a chapa majoritária das eleições deste ano.
Washington Bonfim (Cidadania),

- Washington Bonfim, é cientista político e professor Universitário. Washington foi um dos gestores mais ligados ao ex-prefeito Firmino Filho (PSB) e agora tenta viabilizar uma candidatura própria ao governo do Estado. Apesar de ter experiência em gestão pública, como secretário, nunca assumiu um mandato eletivo. A chapa de Washington Bonfim terá o Podemos indicando Fábio Sérvio para o Senado.
Gessy Fonseca (PSC);

- A secretária municipal de Economia Solidária de Teresina, Gessy Fonseca, também está tentando viabilizar seu nome. A presidente do PSC no Piauí,Gessy Fonseca, revelou que mantém o seu nome a disposição do partido para disputar o governo do Estado em outubro. A empresária se reuniu com a direção nacional da sigla em Brasília, o comando do PSC reforçou a necessidade de ter um nome majoritário no estado para fortalecer também a estratégia proporcional. O entrave para a confirmação da pré-candidatura de Gessy é justamente Pessoa, o prefeito não concorda com o afastamento de Gessy da Secretaria de Economia Solidária e já ameaçou demitir a empresária em caso de candidatura. Gessy foi uma surpresa nas eleições municipais de 2020 ao conseguir expressivos 50 mil votos na capital e ficar em terceiro lugar. No segundo turno das eleições, Gessy Fonseca apoiou o prefeito eleito, Dr. Pessoa (MDB).
João Vicente Claudino (Podemos);

- O ex-senador e empresário, João Vicente Claudino se filiou ao (Podemos). Seu nome é colocado como uma possibilidade de concorrer ao cargo majoritário. O empresário comandou por muitos anos o PTB e deixou a sigla recentemente. Apesar de seu nome sempre ser cogitado, o empresário nega que vá concorrer a algum cargo eletivo.
Major Diego (PL);

- Samha Cavalca, presidenta do PL Piauí, anunciou o nome do Major da Polícia Militar, Diego Melo, como pré-candidato a governador nas eleições de outubro. Com isso, segundo ela, o presidente Jair Bolsonaro passa a ter palanque no Estado para disputar a reeleição.
Cleiton Popular (PTB);

- O empresário é filiado ao PTB, Cleiton Popular, pré-candidato ao Governo do Estado, vai se filiar ao PROS para poder disputar o Palácio de Karnak. Pré-candidato que chegou a dialogar com o PTB, no entanto, as conversas não evoluíram.
Wallace Miranda (NOVO);

- O Partido Novo no Piauí também busca participação nas eleições majoritárias de 2022. Com isso, o nome do médico e professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Wallace Miranda, também foi colocado à disposição para disputar o governo do estado.
Do Palácio de Kanark para o Senado
O Instituto GP1 divulgou nesta o resultado da pesquisa de intenções de votos para o Senado nas eleições de 2022 no Piauí. Na pesquisa estimulada, quando os nomes dos pré-candidatos são apresentados aos entrevistados, o governador Wellington Dias (PT) aparece em primeiro lugar com 35% das intenções de votos. Em segundo lugar aparece o prefeito de Parnaíba, Mão Santa (DEM), com 16,87% dos votos. Em terceiro lugar está o ex-senador João Vicente Claudino (PTB), com 12%. Logo em seguida aparecem o deputado federal Júlio César Lima (PSD) com 10,43%, depois o ex-secretário da Educação de Teresina, Kleber Montezuma (PSDB) com 4% e por último o prefeito de Floriano, Joel Rodrigues (Progressistas) com 3,39% das intenções de votos.
Os pré-candidatos só serão candidatos de fato após a aprovação da candidatura pelo Juiz Eleitoral. Cabe notar, que a lei não estabelece uma data inicial para a divulgação duma pré-candidatura, porém, há um período legal para a realização da propaganda intrapartidária, que só pode começar a partir das 19h do dia 5 de julho do ano das eleições. Ademais, o registro das candidaturas à Justiça Eleitoral começam a partir do dia 20 de julho e vão até o dia 5 de agosto do ano eleitoral, conforme disposto na Lei das Eleições. As eleições gerais no Brasil em 2022 estão agendadas para o dia 2 de outubro, em primeiro turno, e 30 de outubro em segundo turno, onde houver.
Para ser governador de Estado, é necessário ter, no mínimo, 30 anos. Paralelamente, ao Senado, a Constituição exige 35 anos.
As estatísticas (ao Governo)
Pesquisa do Instituto Estimativa mostra que o secretário de Fazenda do Piauí, Rafael Fonteles (PT) lidera a disputa para o Governo do Piauí com 26,95% das intenções de votos na pesquisa estimulada para as eleições de 2022. Em segundo lugar, o ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (PSDB) com 15%. Conforme pesquisa, em terceiro lugar aparece Gessy Fonseca (PSC) com 3,95%; na sequência Washington Bonfim (Cidadania) com 2,60% dos votos. Não sabe ou não opinaram aparece com 26,75%. Nenhum/ninguém obteve 21,70%. Nulo ou branco ficou com 3,05%. Em um segundo cenário quando são entrevistados apenas eleitores de Teresina, o secretário de Fazenda Rafael Fonteles (PT) aparece com 27,20% contra 26% de Sílvio Mendes (PSDB). A diferença entre os dois pré-candidatos é de menos de 1,5%. Em terceiro lugar, a ex-candidata à Prefeitura de Teresina, Gessy Fonseca (PSC) com 8,80% e Washington Bonfim (Cidadania) com 2%. Nenhum/ninguém aparece com 24,40%. Não sabe ou não opina consta com 6,60% e nulo/branco com 5%.
Matéria feita por Harry e Vithor Nunes, colunistas do Portal Política