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Outrora seio da Capital Federal, o Estado do Rio de Janeiro mostra os pré-candidatos ao Governo

O Rio de Janeiro é um Estado no Sudeste do Brasil. A sua capital é homônima, ou seja, de mesmo nome do Estado e é conhecida pelas praias, o Pão de Açúcar e a estátua do Cristo Redentor no cimo do morro do Corcovado. A cidade mais populosa é a sua capital, que também é a segunda maior metrópole do Brasil. Os fluminenses estão na expectativa para saber quem vai ocupar a cadeira do Palácio Laranjeiras, pois Cláudio Castro, que assumiu o cargo devido ao impeachment do ex-governador Wilson Witzel (PSC), deve concorrer à reeleição. Assim, os seus principais adversários devem ser: o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT); o deputado federal Marcelo Freixo (PSB); e o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, que deve se filiar ao PSD. Desde a prisão do ex-governador Sérgio Cabral, em 2016, o Palácio Guanabara passou por momentos turbulentos como a ida do sucessor de Cabral, Luiz Fernando Pezão, para a cadeia e, no ano passado, o impeachment do ex-juiz Wilson Witzel. Com a saída de Witzel, assumiu o cargo o vice eleito junto com ele em 2018, Cláudio Castro. O Estado do Rio de Janeiro tem, atualmente, em torno de 17,3 milhões de habitantes.

 

Eles querem sentar-se na cadeira do Palácio Laranjeiras

Cláudio Castro (PL)

        

  • Advogado e atual governador do Rio de Janeiro, Cláudio Bomfim de Castro e Silva, de 42 anos, é pré-candidato à reeleição. Ele nasceu em Santos (SP) e, ainda criança, veio morar no Rio de Janeiro. Castro é formado em Direito e foi chefe de gabinete do deputado estadual Márcio Pacheco (PSC) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Em 2016, foi eleito vereador pelo PSC. Filiado ao Partido Liberal (PL), em 2020, enquanto vice-governador, assumiu interinamente o Governo do Estado em decorrência do afastamento de Wilson Witzel.

Antes da vice-governadoria tinha sido apenas vereador da capital por 2 anos. Apesar disso, conseguiu fazer um mandato com o apoio de várias forças políticas – não por acaso dos 32 partidos, 15 o apoiam. É o franco favorito para as eleições de 2022 e, além de um governo com muito apoio, conta com as máquinas estadual e federal. Sem contar os bilhões que entraram com a concessão da Cedae, que lhe garante um grande fôlego para a campanha que está por vir e o aumento dos royalties do petróleo.

Marcelo Freixo (PSB)

Marcelo Freixo virá a Salvador para debate

  • Marcelo Ribeiro Freixo é um professor e político brasileiro. Filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), é hoje deputado federal pelo Rio de Janeiro. Foi deputado estadual por três mandatos consecutivos e presidiu a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ).

Deputado muito bem votado quando era do PSol, MarceloFreixo foi para o PSB para tirar a pecha de radical. Foi essa imagem um dos principais motivos que o fez perder a eleição para prefeito do Rio em 2016 para Marcelo Crivella. Mas encontra dificuldade na campanha para alcançar este objetivo. Freixo, diferente de 2016, deve contar com apoio também do PT, Rede, PV e outros partidos. Isso garantirá a ele um tempo de TV que nunca teve, além de entrada em cidades como Maricá, onde o PT domina. No meio dessa conjuntura, é o favorito para ir ao 2º turno com Castro.

 

Paulo Ganime (Novo)

A baixa de Paulo Ganime em sua tentativa de se candidatar ao governo -  Extra, Extra - Extra Online

  • Paulo Gustavo Ganime Alves Teixeira(Novo), de 38 anos, é deputado federal pelo Partido Novo e líder da legenda na Câmara dos Deputados, em Brasília. Ganime é formado em engenharia de produção pelo Cefet-RJ, estudou Economia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e fez um MBA na PUC-Rio.

Sem experiência em administração pública, apostará no nome do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, de seu partido. Terá muita dificuldade em surpreender, já que seu partido conta com pouca capilaridade pelo interior e uma força na classe média que deve caminhar com Castro. Entretanto, não podemos deixar de lado que o Rio pode escolher um nome realmente de fora da política por ele. Talvez quebrando um paradigma de décadas, mas difícil, muito difícil.

 

Rodrigo Neves (PDT)

Rodrigo Neves – Wikipédia, a enciclopédia livre

  • Ex-prefeito por dois mandatos de Niterói, município na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Rodrigo Neves Barretotem 46 anos e é pré-candidato ao Palácio Guanabara pelo PDT. Sociólogo, Neves foi vereador, deputado estadual e secretário estadual de Assistência Social.

Duas vezes prefeito de Niterói e conseguindo fazer seu sucessor no 1º turno com mais de 62% dos votos, isso poderia colocar o candidato do PDT, Rodrigo Neves, como um dos favoritos para a corrida pelo Palácio Guanabara. Mas, no meio do caminho do seu 2º mandato, Neves foi preso por envolvimento com esquema de propina em setor de transportes, acabou sendo solto e nega o envolvimento.

Mesmo sendo inocente, a prisão será um grande entrevero para Neves. Será obrigado a passar toda a campanha tendo de explicar a prisão, especialmente em um estado que teve quase todos seus últimos governadores presos. Alguns até consideram que ele nem deve tentar a candidatura, talvez apoiando o candidato do PSD e vindo a deputado federal.

 

Felipe Santa Cruz (PSD)

Empresário cita em delação Felipe Santa Cruz, presidente da OAB - Migalhas

  • Felipe de Santa Cruz Oliveira Scaletsky, de 49 anos, é ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O advogado é o único filho de Ana Lúcia e Fernando Santa Cruz, esta vítima da ditadura militar, desaparecido político aos 26 anos. Felipe anunciou recentemente que seria pré-candidato ao Governo do RJ. Disse, ainda, que iria se filiar ao PSD dentro do prazo legal, que vai até abril. Normalmente com o nome mais ligado a esquerda, será o candidato do prefeito do Rio Eduardo Paes (PSD). E é em Paes que ele apostará para tentar se mostrar competitivo, mas terá muita dificuldade. Além de um completo desconhecido (o que não é problema, afinal o Rio elegeu Witzel), a máquina de Paes funcionará para tentar eleger seus secretários para deputados federal e estadual.

 

Em reunião no início de fevereiro, PSD e PDT definiram que devem lançar uma chapa única ao governo, mas ainda não foi batido o martelo sobre quem irá encabeçar a futura composição.

 

Rumo ao Senado, em Brasília

No Rio de Janeiro, o senador Romário (PL) trabalha para viabilizar sua reeleição ao Senado num palanque que teria o presidente Jair Bolsonaro. Recentemente, Romário fez alguns acenos ao presidente. Mas esse apoio ainda é incerto. Aliados de Bolsonaro afirmam que um nome mais alinhado ao Governo deve ganhar espaço, já que o Estado é o reduto da família Bolsonaro.

Na oposição, o deputado Alessandro Molon (PSB) tenta cacifar a sua candidatura ao Senado com apoio de Marcelo Freixo (PSB), que vai disputar o Governo. Já o atual presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, vem sendo cortejado pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), a entrar na disputa ao Senado pelo seu partido.

 

Estratégia política não falta para manter as ideologias afins em concerto

O PT bateu o martelo e não lançará candidato próprio ao Governo do Estado do Rio de Janeiro. O objetivo do partido é concentrar os votos de centro-esquerda na candidatura do deputado federal Marcelo Freixo (PSB) e aumentar o apoio em torno de Lula na campanha à Presidência da República. Portanto, a ala do PT fluminense que tentou dar tração ao nome de Ceciliano ao Palácio Laranjeiras é composta pelo presidente estadual e vice-presidente nacional do partido, mas foi voto vencido diante da importância de garantir Haddad em São Paulo. A ideia de não ter um candidato de cada partido concorrendo ao mesmo cargo majoritário é para evitar a divisão de votos na esquerda.

 

E as estatísticas?

Segundo pesquisa do instituto Quest (outubro de 2021), Freixo lidera com 25% das intenções de voto. Cláudio Castro tem 16%. O terceiro colocado é Rodrigo Neves, com 7%. Santa Cruz registra 3%. Brancos, nulos e indecisos contabilizam 39%.

 

Os pré-candidatos só serão candidatos de fato após a aprovação da candidatura pelo Juiz Eleitoral. Cabe notar, que a lei não estabelece uma data inicial para a divulgação duma pré-candidatura, porém, há um período legal para a realização da propaganda intrapartidária, que só pode começar a partir das 19h do dia 5 de julho do ano das eleições. Ademais, o registro das candidaturas à Justiça Eleitoral começam a partir do dia 20 de julho e vão até o dia 5 de agosto do ano eleitoral, conforme disposto na Lei das Eleições.

As eleições gerais no Brasil em 2022 estão agendadas para o dia 2 de outubro, em primeiro turno, e 30 de outubro em segundo turno, onde houver. Para ser governador de Estado, é necessário ter, no mínimo, 30 anos. Paralelamente, ao Senado, a Constituição exige 35 anos.

 

 

Matéria feita por Harry e Vithor Nunes, colunistas do Portal Política

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