Ora, Cármen Lúcia se tornou a única mulher na Corte após a saída de Rosa Weber, que abriu a vaga a ser ocupada por Dino, caso ele seja aprovado pelo Senado Federal. A situação deve manter-se assim até o fim de 2026, considerando-se apenas os critérios de aposentadoria compulsória aos 75 anos, imposta aos magistrados da Corte. Antes da escolha de Dino, a ministra chegou a dizer que era imprescindível ter uma mulher negra no Supremo.
“Talvez já tenha passado muito da hora. Você vê que vem desde muito o preconceito cortando vidas profissionais que poderiam trazer um enorme benefício para a sociedade brasileira“, declarou em entrevista à revista Marie Claire em agosto de 2023. Hoje, contudo… “É um homem com notável saber jurídico e que dispõe de comprovada dedicação à causa pública. Todos do tribunal e eu mesma, que convivo há muitos anos com o Ministro Dino, nos sentimos honrados com sua chegada. Chegada de Dino honra o Poder Judiciário e o Brasil”, diz nota assinada pela ministra.
Entenda
O presidente Lula (PT) foi cobrado para indicar uma mulher negra para a Corte, o que nunca aconteceu em 132 anos de história. O petista chegou a dizer que raça e gênero não o influenciavam na sua escolha. Antes de Dino, ele indicou o atual ministro Cristiano Zanin para ocupar a cadeira de Ricardo Lewandowski. Considerando todos os mandatos de Lula, o presidente indicou uma mulher para o Supremo uma única vez: foi Cármen Lúcia, que chegou à Corte em 2006.
Dessarte, Dino e Paulo Gonet (indicado de Lula para a PGR) serão sabatinados na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, onde precisam conquistar maioria dos 27 senadores da comissão. Depois, os nomes seguirão para análise do plenário. Dos 81 senadores, são necessários ao menos 41 votos favoráveis. A sessão de Dino na CCJ foi marcada para o dia 13 de dezembro e o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse querer aprovar os nomes no Plenário até o dia 15.
Fonte: UOL, com adaptações




