COMECEMOS
O jornalismo profissional ainda é uma área nova, surgiu no século XVIII, com a popularidade da máquina de impressão, por Johannes Gutenberg; no entanto, aqui no Brasil, só chegaria no século seguinte, durante o Império. Ademais, no século XX foi a magia do rádio e da tevê, resultando, ou mesmo resultado, da reprodutibilidade técnica, é a Indústria Cultural. Hoje em dia, vivemos a aura do jornalismo digital na internet com as redes sociais. Bom, e como é a política na internet? Como que os navegadores desse oceano de pessoas interconectadas comportar-se-ão para que não se afoguem? É…
Tal cenário esboça a hipótese de que a autonomia das mídias sociais, relacionada à produção e distribuição de conteúdos multimídia ligados com temas políticos, têm o potencial de romper as restrições do jornalismo convencional. Para tanto, verificaremos de que forma grupos com interesses em comum estão utilizando as potencialidades das mídias sociais como uma alternativa para a produção e distribuição de informação, observando que há mais autonomia em relação à mídia convencional; ora, pela primeira vez na história da política do Brasil, houve “campanha eleitoral” para eleger um presidente do Senado (algo que é totalmente in loco), em 1° de fevereiro deste ano nas redes sociais. Concluímos, portanto, que quando essa maré chega à política, todos podem até surfar, mas o risco de afogar-se ou serem engolidos por um tubarão é grande.
JORNALISMO POLÍTICO
Muito embora o termo geralmente se refira à cobertura de governos civis, convenções partidárias e do poder político, o jornalismo político é uma área do jornalismo que inclui a análise de todos os aspectos da política, assim como da Ciência Política. Podemos dizer, assim, que é o ponto de intersecção da Comunicação Social com a Ciência Política. O jornalismo político visa fornecer aos eleitores as informações para formular a sua própria opinião e participar de assuntos comunitários, locais ou nacionais aos quais afetá-los-ão. Arrisco-me a dizer que é a área mais importante do jornalismo, visto que há tamanha exigência de intelectualidade dos focas (jornalistas), dos colunistas, dos comentaristas e das fontes. Dessarte, o jornalismo político frequentemente inclui jornalismo de opinião, pois os eventos políticos atuais podem ser tendenciosos nas suas reportagens. Ele é fornecido por meio de diferentes meios, impressos, transmitidos ou on-line.

Vista aérea de Brasília, o símbolo político do Brasil
Por outro lado, as cobranças de que as instituições do jornalismo desempenhem o seu papel respeitando os princípios norteadores da atividade são crescentes, inclusive pela possibilidade de contestar o conteúdo publicado. O jornalismo político se vê, portanto, em meio às disputas, em busca de reforçar a própria legitimidade junto à sociedade e aos agentes políticos. Esse campo tem sido, deste modo, convocado a provar que continua exercendo função relevante à sociedade, diante da concorrência facilitada pelas ferramentas digitais e pela quantidade de informações ofertadas atualmente. É analisado, interpretado e discutido por especialistas e editorialistas da mídia, pois a reportagem de notícias com um ponto de vista tendencioso também pode tirar a capacidade do público de formar a sua própria opinião ou crenças sobre o que foi relatado. Ele trata também dalgumas formas de engajamento que são encontradas nas mídias sociais a partir das características empregadas pela interatividade e pelo ciberativismo.
Diante desta realidade, multiplicam-se os estudos sobre o jornalismo político no Brasil, precipuamente nas universidades, com o objetivo de possibilitar afirmações sobre os conteúdos dos jornais a partir de consistentes análises sobre os dados. Ora, há muitos esforços de produzir uma literatura sobre o assunto no país a partir duma perspectiva empírica. Portanto, o jornalista que deseja especializar-se em política poderá ter contato na sua jornada de trabalho com assuntos da área, em nível local, regional, nacional, internacional e, também, intelectual. É da sua responsabilidade cobrir os fatos relevantes em todas as esferas do poder da sociedade: Legislativo, Executivo e Judiciário; o que dá margem para o próximo tópico.
FONTES E MANIFESTAÇÕES DO JORNALISMO POLÍTICO
Os períodos eleitorais costumam favorecer notícias e coberturas sobre política. Além da cobertura tradicional de políticos e autoridades no assunto, o jornalista também deve apurar e estar consciente da avaliação e opinião de eleitores, contribuintes e correligionários.
Os meios de comunicação especializados em política, conhecidos pelo seu jornalismo político de alta performance, como o PODER360 e o PORTAL POLÍTICA são jornais importantíssimos para fomentar esse tipo de diálogo com a sociedade. Ademais, editoriais inteiras sobre política na CNN ou no ESTADÃO; ou mesmo em telejornais, onde há espaços dedicados a análises, debates e críticas de colunistas e comentaristas políticos; assim como Radiojornalismo que, no Brasil, contamos com a VOZ DO BRASIL, são a aura do jornalismo político, os verdadeiros porta-vozes da nossa democracia. Contamos, ainda, com as colunas de Carlos Castello Branco, COLUNA DO CASTELLO e Carlos Chagas, da MANCHETE, que receberam grande notoriedade no passado. Hoje, destacam-se Carlos Alberto Sardenberg (tanto na rádio como na televisão), Josias de Souza, Alexandre Garcia, Diogo Mainard, Fernando Rodrigues, Dora Kramer, entre outros.
Outrossim, não só de escrever ou falar vive o jornalismo político, pois uma das manifestações dessa crítica é feita pela arte de desenhar caricaturas, é a charge. Charge é um tipo de cartum que tem por finalidade satirizar um certo fato, como ideia, acontecimento, situação ou pessoa, envolvendo principalmente casos de caráter público. O cartunista expressa, graficamente, na sua visão de fatos notáveis do quotidiano da sociedade através do humor e da sátira.

A palavra charge é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Um dos principais recursos gráficos para exagerar estas características é a caricatura. A charge pode ter um alcance maior do que um editorial, por exemplo, por isso a charge, como desenho crítico, pode ser temida pelas pessoas com poder.
Diante de toda essa argumentação e enquanto estivermos sempre prontos a debater a política; seja no seio familiar; seja nas mídias sociais; seja pela escrita, fala ou pela charge, que façamos com maturidade, ética, moral e muito critério. Sabemos, pois, que é um assunto delicado. Sabemos, pois, que a sociedade quer isso. Sabemos, ademais, que o jornalismo político nunca morrerá, pois, por mais politicagem que possa haver nele, sempre será essencial para a manutenção da nossa democracia.
Por Harrison S. Silva, colunista do Portal Política