O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou em coletiva de imprensa nesta terça-feira (28) que irá ler o pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) na sessão do Congresso Nacional, se todos os requisitos forem cumpridos. Segundo informações de líderes no Senado, Pacheco teria confirmado durante reunião na presidência do Senado que irá ler o pedido de CPMI protocolado na segunda-feira (27) pelo deputado André Fernandes (PL-CE), que conseguiu 189 assinaturas de deputados e 33 de senadores.
No entanto, as assinaturas ainda precisam ser checadas pelo Senado Federal, e uma sessão do Congresso Nacional terá que ser marcada pelo senador Rodrigo Pacheco. Ainda não há uma data definida para a sessão do Congresso. Além disso, nos bastidores, fala-se na possibilidade de acelerar a confirmação das 40 assinaturas de outro pedido de comissão feito na legislatura passada (a CPI do Senado), cuja autoria é da senadora Soraya Thronicke (UNIÃO-MS).
A senadora conversou com Rodrigo Pacheco nesta terça-feira sobre o assunto, e a intenção dela é apenas confirmar as assinaturas dos senadores em exercício já coletadas, sem fazer um novo pedido ou começar do zero. No entanto, a maneira como isso será feito ainda não está acertada, especialmente porque alguns senadores governistas deram sinais de que não apoiarão mais a abertura da CPI.
De acordo com senadores ouvidos pela reportagem, alguns parlamentares defendem a instalação das duas comissões para que uma delas seja esvaziada. Na avaliação deles, uma CPI no Senado seria melhor, porque “o ambiente é mais contido”, “sem pirotecnia” e ajudaria esvaziar a outra CPMI, formada por deputados e senadores, por exemplo. No entanto, há quem diga que uma CPMI prevaleceria em cima da CPI regimentalmente.
Tanto a CPI do Senado quanto a CPMI, cujo pedido surgiu na Câmara, têm o objetivo de investigar atos criminosos do dia 8 de janeiro, em que dezenas de pessoas depredaram a sede dos Três Poderes em Brasília. O deputado André Fernandes afirmou que estava confiante na instalação da CPMI, destacando que “o próprio STF já deu entendimento de que basta as assinaturas de uma CPI para que ela se instale”.
