00O presidente Lula demonstrou indignação com as alegações envolvendo o Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, em um escândalo de desvio de fundos da Codevasf. A irmã de Juscelino, prefeita de Vitorino Freire, foi alvo de ações da PF, enquanto o futuro do Ministro depende do progresso das investigações. O ministro nega participação em qualquer irregularidade.
O presidente Lula mostrou profunda irritação com o possível envolvimento do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, em um esquema de desvio de recursos públicos da Codevasf. A Operação Benesse da Polícia Federal é a responsável por investigar o caso.
A Polícia Federal realizou mandados de busca e apreensão contra Luanna Resende, irmã de Juscelino e atual prefeita de Vitorino Freire, no Maranhão. A ação também resultou no afastamento de Luanna do cargo por determinação do ministro Luís Roberto Barroso. Havia pedidos para estender as buscas para endereços relacionados a Juscelino Filho em Brasília e no Maranhão, mas esses pedidos foram negados por Barroso.
Rapidamente informado da operação pelos principais membros do governo, Lula tem destacado que o destino de Juscelino dependerá do desdobramento das investigações. O presidente demonstrou preocupação com a imagem potencialmente danosa de veículos da PF na frente de propriedades ligadas a um ministro de alto escalão.
Além disso, Lula se mostrou hesitante em demonstrar qualquer apoio público ao seu ministro neste momento. Dada a conexão de Juscelino com o presidente da Câmara, Arthur Lira, algumas vozes no Planalto sugerem que as respostas institucionais ao caso deveriam vir do legislador ou da liderança do partido União Brasil.
Apesar das alegações, o ministro das Comunicações tem negado qualquer envolvimento em esquemas de desvios de fundos. A Operação Benesse da PF tem como objetivo desmantelar um suposto esquema de fraude licitatória, desvio de fundos e lavagem de dinheiro, no qual Juscelino é apontado como um dos beneficiários.
Segundo as investigações, o esquema funcionava da seguinte maneira: o ministro destinava emendas do chamado orçamento secreto para cidades do Maranhão. As obras eram contratadas através da Codevasf e realizadas pela construtora Construservice, alegadamente ligada ao ministro. Uma parte do dinheiro supostamente retornava para os envolvidos no esquema.
A PF afirma que os envolvidos podem ser acusados de uma série de crimes, incluindo fraude licitatória, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e passiva.