O ex-deputado federal Jean Wyllys fez uma publicação em suas redes sociais em 14 de julho, criticando o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), por manter as escolas cívico-militares no estado. A discussão ganhou visibilidade após uma reportagem do g1 abordar a manutenção dessas instituições estaduais nesse modelo.
Declarações homofóbicas geram ação judicial e quebra de sigilo de dados
Na publicação, Jean Wyllys proferiu comentários considerados ofensivos e homofóbicos sobre o governador Leite, que é assumidamente gay. O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) tomou medidas legais e obteve a remoção da publicação, além de solicitar a quebra de sigilo de dados do ex-deputado para avançar nas investigações.

Disputa política e acusações de homofobia
A troca de acusações entre Jean Wyllys e Eduardo Leite gerou um intenso debate nas redes sociais e na imprensa. Enquanto Wyllys argumentou que a decisão de manter as escolas cívico-militares tinha relação com “homofobia internalizada”, Leite defendeu que suas pautas LGBTQIA+ não entram em conflito com essa política. O governador foi o primeiro presidenciável a assumir publicamente sua homossexualidade em 2021.

Decisão judicial e alegações de ofensas homofóbicas
A Justiça determinou a remoção da publicação de Jean Wyllys e o ex-deputado afirmou que seguirá a determinação. O MP-RS investiga as ações de Wyllys por injúria contra funcionário público e por praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. No despacho, consta que o ex-deputado agiu “de forma criminosa” ao proferir “ofensas homofóbicas à pessoa do governador”.
Embate político e visibilidade nas redes sociais
O bate-boca entre Jean Wyllys e Eduardo Leite no Twitter gerou quase 4 milhões de visualizações e dominou os assuntos em alta no dia. As declarações polêmicas dos dois políticos ampliaram o debate sobre respeito, tolerância e integridade no cenário político do Brasil.