Uma investigação da Polícia Federal (PF) trouxe à tona um grupo do exército conhecido como “kids pretos”, em meio a alegações de um suposto plano de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Esse grupo, formado por militares especializados em operações especiais, teria sido mencionado em uma delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
O que eles querem?
Os “kids pretos” são militares formados pelo Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro, conhecidos por suas habilidades em missões sigilosas e em ambientes hostis. Especialistas em guerra irregular, reconhecimento especial e operações contra forças irregulares, esses oficiais são considerados parte da “elite” do exército brasileiro.
Suposto plano de golpe e papel dos “Kids Pretos”
Segundo a investigação, Bolsonaro teria planejado assinar um decreto presidencial para instaurar o Brasil em estado de sítio, limitar o Judiciário e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesse contexto, os “kids pretos” teriam sido mencionados como parte do plano, com a missão de prender o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Detalhes da investigação
Conversas encontradas nos dispositivos de Mauro Cid e Bernardo Romão Correia Neto, ex-assistente do comandante militar do Sul, sugerem que houve uma seleção criteriosa de militares das Forças Especiais para integrar o plano. O general Estevam Theophio Gaspar de Oliveira, então comandante do Comando de Operações Terrestres, teria concordado com a operação, desde que Bolsonaro assinasse o decreto.
Formação e atuação dos “Kids Pretos”
Os “kids pretos” passam por treinamentos intensivos em lugares como o Comando de Operações Especiais em Goiânia, o Centro de Instrução de Operações Especiais em Niterói, e a 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus. Seu treinamento inclui táticas específicas para operações especiais em diversos contextos, tanto em situações de crise quanto de paz e regularidade institucional.



