Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, figura como o recordista em despesas com segurança e equipe entre todos os ex-presidentes da República este ano. Segundo a Secretaria-Geral da Presidência, nos primeiros três meses do ano, Bolsonaro e sua equipe custaram aos cofres públicos R$ 902,6 mil. A maior parcela desses custos está relacionada a uma viagem internacional para os EUA, na qual foram gastos R$ 638,2 mil em diárias, R$ 92,9 mil em passagens e R$ 8,8 mil em seguros.
Despesas Sem Transparência: Gastos com Diárias e Atividades Incertas
Apesar do alto valor das despesas, os relatórios de viagens dos assessores de Bolsonaro não fornecem detalhes sobre como esses recursos das diárias foram gastos, nem quais atividades específicas foram exercidas pelo ex-presidente. Os documentos apenas mencionam que as atividades da equipe de apoio foram direcionadas para fornecer segurança, apoio e assessoria ao ex-presidente durante uma “atividade privada”.
Envolvimento em Fraudes: Assessores Aumentam seus Ganhos
Além disso, conforme revelado pelo UOL, assessores de Bolsonaro que foram alvo da Polícia Federal no suposto esquema de fraude em carteiras de vacinação aumentaram seus ganhos com essas diárias. Quatro assessores investigados receberam quase R$ 400 mil, mais do que o dobro do que ganharam com essa verba extra durante o mandato.
Comparação com Outros Ex-Presidentes: Bolsonaro Lidera em Despesas
O montante desembolsado pela equipe de Bolsonaro é quase igual à soma das despesas de todos os outros ex-presidentes (R$ 1,1 milhão) no mesmo período. Porém, se considerarmos todo o ano de 2022, os ex-presidentes custaram aos cofres públicos R$ 7,6 milhões, com o ex-presidente Lula (PT) liderando em despesas de segurança e apoio, seguido pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Apesar da justificativa de que os gastos estão dentro da lei, o alto valor e a falta de transparência geram preocupações sobre a eficiente utilização dos recursos públicos.