Na primeira reunião de líderes da nova legislatura realizada na terça-feira (28), ficou definido que até quinta-feira (2) serão realizadas eleições para os presidentes e vice-presidentes das comissões temáticas do Senado. Na quarta-feira (1º), os blocos e partidos farão a indicação dos membros dos colegiados de acordo com a proporcionalidade partidária. Senadores não descartam, contudo, um acordo para garantir eleições sem disputa nas comissões.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que “a proporcionalidade é garantida na medida em que a ocupação dos lugares nas comissões é feita proporcionalmente ao tamanho de cada bancada. A eleição é feita no voto. Então, se chegar em qualquer comissão e for apresentado algum candidato, ou ele ganha no voto ou não será eleito. Poderá haver um acordo. Se não houver, provavelmente terá disputa em todas as comissões”.
Sobre a comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar os atos golpistas do dia 8 de janeiro, senadores entendem que ela não deve prosperar sem a coleta de novas assinaturas, já que o requerimento para criação do colegiado foi protocolado em janeiro pela senadora Soraya Thronicke (União-MS), antes da atual legislatura. O senador Carlos Portinho (PL-RJ) acredita que a investigação ocorra por meio de uma comissão mista formada por deputados e senadores, já que a CPMI já alcançou o número suficiente de assinaturas.
Antes da reunião, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que estuda criar uma comissão permanente para defender o Estado democrático de direito. Ele propôs a transformação da Comissão Senado do Futuro em uma comissão permanente de defesa do Estado democrático de direito. “Eu considero muito importante que haja a permanente vigilância do Senado depois de tudo que aconteceu”, disse Pacheco.
