O tenente-coronel Mauro Cid, que já atuou como ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, procurou vender um relógio de luxo que recebeu durante uma viagem oficial ao Reino da Arábia Saudita.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) recebeu documentos detalhando as tentativas de Cid de vender o relógio, incluindo uma troca de e-mails na qual o valor e a autenticidade do item foram discutidos.
Detalhes do Relógio de Luxo e do Mercado Atual
A correspondência revela que o relógio em questão é um Rolex de luxo, um modelo Oyster Perpetual Day Date adornado com ouro branco, platina e diamantes. Cid acredita que a peça vale US$ 60 mil (quase R$ 300 mil na cotação atual do dólar), mas o mercado de Rolex usados está em baixa.
Segundo documentos do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica, o relógio foi um presente do rei Salman Bin Abdulaziz al Saud, da Arábia Saudita, durante uma visita oficial em outubro de 2019.
Incertezas Sobre a Negociação
Os e-mails não identificam claramente quem pretendia comprar o relógio ou se a venda foi finalmente concluída.
Conexão com o Ex-presidente Jair Bolsonaro
A documentação não menciona o ex-presidente Jair Bolsonaro e não deixa claro se a tentativa de venda estava sendo feita em seu nome.
Além do relógio, a comitiva presidencial recebeu outros conjuntos de jóias durante a viagem, incluindo peças de ouro rose da marca Chopard e uma coleção de jóias com diamantes.
