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TRE do Rio Grande do Sul cassa mandato de Marcon

Foto: Agência Câmara

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Sul decidiu cassar nesta semana o diploma do deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS). A Corte considerou que o seu partido usou laranjas para fraudar o percentual de cotas femininas durante as eleições de 2022, acarretando em punição ao parlamentar gaúcho de 37 anos.

A relatora do caso que culminou na cassação do deputado, desembargadora eleitoral pelo TRE-RS, Patrícia Silveira de Oliveira, analisou em julho do último ano ação semelhante ao processo movido pelo PSD contra o parlamentar do Podemos, visando apurar se houve candidatura fraudulenta para dar sustentação à candidatura do vereador Clóvis Brizola Bueno, filiado ao extinto PSL, por meio do registro da candidatura duma mulher chamada Taísa, que teve zero votos. Mas desta vez, o entendimento da magistrada foi pela absolvição dos envolvidos.

 

A Câmara dos Deputados é a Casa Baixa do Brasil | Foto: Reprodução
A Câmara dos Deputados é a Casa Baixa do Brasil | Foto: Reprodução

 

No caso da chapa que elegeu o deputado gaúcho, a relatora considerou que, por ter recebido 14 votos, a candidata Kátia Brito teve uma votação pífia e, por tanto, está enquadrada nas características duma candidatura laranja. Observa-se ainda sobre a cassação de Marcon, que Kátia Brito aprovou a confecção de 5 mil santinhos para a sua campanha, obteve votos espalhados por cidades de todas as regiões do estado e segue tentando emplacar carreira política.

Em votação na Câmara, em abril deste ano, Marcon foi um dos 129 congressistas a dizerem não à manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos mandantes dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

Quem é

Formado em Ciências Econômicas pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), Marcon iniciou a sua carreira política em 2020, quando foi eleito vereador pelo partido Novo em Caxias do Sul (RS). Ele ocupou o cargo até 2022, quando se elegeu deputado federal pelo Podemos, assumindo o posto em 2023. Alinhado ao espectro político da direita, Marcon é vice-líder da oposição ao governo federal na Câmara, além de ser entusiasta de causas defendidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Recentemente, nas suas redes sociais, o deputado manifestou apoio ao ex-presidente e atual candidato à Presidência dos Estados Unidos da América, Donald Trump, dizendo que o americano e Bolsonaro arriscam as suas vidas para combater o mal representado pela esquerda. Na sua Biografia, relata que iniciou a vida profissional aos 14 anos trabalhando com o pai. Aos 18, passou a trabalhar como estagiário num banco e, aos 19, foi promovido a gerente. Com 20 anos, deixou o emprego para abrir uma distribuidora de valores mobiliários.

Ilação

Em nota, o Podemos disse que “a vontade popular e democrática será mantida pela Justiça. Faremos todos os esforços para recorrer e mudar essa decisão nos tribunais superiores.”

 

Fonte: CNN e Diário do Poder (com adaptações)

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