O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou neste sábado (15) aos Emirados Árabes Unidos para um encontro com o presidente Mohammed bin Zayed Al Nahyan em Abu Dhabi. A visita ocorre após dois dias de agenda em uma viagem oficial à China, onde Lula se reuniu com o presidente chinês, Xi Jinping, e outras autoridades.
Esta é a terceira visita de um presidente brasileiro aos Emirados Árabes Unidos, sendo a primeira realizada pelo próprio Lula em 2003 e a segunda por Jair Bolsonaro durante seu mandato. Os Emirados Árabes Unidos estão entre os três principais parceiros comerciais do Brasil no Oriente Médio, com um comércio bilateral que atingiu US$ 5,7 bilhões em 2022, um aumento de 74% em relação a 2021, e um superávit brasileiro de US$ 739 milhões.
A visita de Lula visa fortalecer os laços comerciais, sobretudo no setor do agronegócio, que representa quase 60% das exportações brasileiras para o país. Além disso, a viagem busca ampliar a cooperação política e aprofundar o diálogo entre as duas nações.
Em relação à recente visita à China, Lula afirmou que a relação com o gigante asiático não prejudica os laços entre Brasil e Estados Unidos, parceiro histórico do país. A afirmação do presidente é relevante, pois ocorre em um momento de disputa entre China e Estados Unidos no cenário internacional, abrangendo áreas cruciais como comércio, indústria e tecnologia.
Ao se encontrar com o presidente chinês, Lula ressaltou que “ninguém vai proibir que o Brasil aprimore sua relação com a China”. Essa declaração reforça a postura do governo brasileiro de diversificar as parcerias internacionais e ampliar as oportunidades de comércio e cooperação, sem comprometer a relação com os Estados Unidos.
A visita de Lula aos Emirados Árabes Unidos e à China sinaliza uma política externa ativa e pragmática, buscando equilibrar os interesses comerciais e políticos do Brasil em um cenário internacional cada vez mais complexo e competitivo.
