No último sábado, 16 de março, num dia chuvoso na capital cearense, a Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Ceará promoveu a 2ª Marcha Estadual em Defesa das Mulheres, com o propósito de intensificar a batalha contra todas as formas de violência direcionadas às mulheres e fortalecer seus direitos. A ação teve início na sede da procuradoria, localizada na Av. Desembargador Moreira, 2930 A, no bairro Dionísio Torres, e seguiu até a Praça da Imprensa, em Fortaleza.
A advogada Sabrina Veras destacou a importância de engajar pessoas para momentos como este: “Nós, mulheres, não podemos mais aceitar caladas as violências que sofremos, seja no ambiente público ou no ambiente privado. Sabemos que muitas deixam de denunciar por medo ou por desacreditar que serão acolhidas. Precisamos mostrar para as vítimas de violência política, doméstica e familiar, assédios, que elas não estão sozinhas, por isso marchamos juntas como ato de protesto e união feminina.”
Dados estatísticos da Rede de Observatórios da Segurança revelam que atualmente os equipamentos públicos de enfrentamento à violência contra mulheres ainda são insuficientes e que o Ceará registrou 171 ocorrências de violência contra a mulher, 42 feminicídios, 55 tentativas de feminicídio, sete casos com mulheres trans e travestis. Com base nesses dados, a advogada destacou que: “Os dados são alarmantes, principalmente se considerarmos a subnotificação. Por conseguinte, ainda é necessário construir redes de apoio, incentivar a representatividade feminina nos espaços de liderança e decisões, fortalecer organizações de mulheres e empoderamento feminino, conscientizar jovens e adultos, bem como, melhor estruturar equipamentos públicos e privados para ampará-las”.
A marcha contou com a participação de diversas pessoas que integram várias organizações femininas e de mulheres. Algumas dessas entidades são a Coalizão Nacional de Mulheres, Comissão da Mulher Advogada da OAB seccional Ceará, Mulheres do Brasil, Academia Feminina de Letras do Ceará, Movimento de Valorização da Mulher, Instituto Direito Acessibilidade e Inclusão, Instituto Maria da Penha, Instituto Empoderar, Rede Itinerante de Mulheres Atuantes, União Brasileira de Mulheres, Academia Cearense de Direito, Frente Nacional de Mulheres com Deficiência, Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica e outras.
